Administração de Trump sabe do perigo das mudanças climáticas, mas prefere ingnorá-las
Num relatório ambiental de 500 páginas, o atual Governo dos EUA admite aquilo que publicamente nega: sim, o planeta está a aquecer, e sim a culpa é da humanidade. Aliás, no relatório, diz-se que até ao final do século a Terra vai aquecer uns catastróficos 4º Celcius – o dobro do limite imposto pelo Acordo de Paris e mais do dobro do que a comunidade científica diz ser o limite a partir do qual haverá consequências gravosas para os ecossistemas terrestres e para a sociedade humana.
Mas apesar de admitir no relatório ambiental que o clima está a mudar, a administração de Trump olha para esta realidade como algo fatalista em que não há nada a fazer. Assim, e já que o planeta vai aquecer, por que não continuar a queimar petróleo e a poluir a atmosfera? Esta é a justificação apresentada para ações como voltar atrás com leis criadas no tempo da administração de Obama que exigiam que os veículos a gasolina se tornem cada vez mais eficientes, por exemplo.
Luz ao fundo do túnel
Felizmente para nós e para o planeta, a administração de Trump está isolada nesta análise do clima. Aliás, há várias cidades e mesmo Estados norte-americanos que estão a ignorar as diretrizes da atual administração, criando os seus próprios standards ambientais.
Tomemos o exemplo da Califórnia. Se fosse um país, seria um dos mais ambiciosos no campo das energias renováveis e das limitações das emissões de CO2. Até 2045, aquele Estado norte-americano será 100% alimentado por energia renovável e a partir daí planeia começar a ter emissões negativas – ou seja, a retirar CO2 da atmosfera através do sequestro daquele gás por via de plantação de novas florestas e outros meios.