Aviões movidos a microalgas
A ExxonMobil é provavelmente a última empresa em que pensamos quando pensamos em sustentabilidade. Afinal, esta petrolífera sabia desde pelo menos a década de 1970 dos efeitos devastadores das mudanças climáticas e nada fez para as mitigar. Ao mesmo tempo, a empresa está a apostar em tecnologias que podem vir a substituir o petróleo, como é o caso das algas.
As algas podem ser transformadas em combustível para aviões ou veículos. As vantagens deste organismo comparativamente a outros que também servem para fazer biocombustíveis prende-se com o facto de não necessitar de solo por crescer em água salgada. Assim, não é necessário alocar solo fértil, que poderia estar a servir para alimentar pessoas, às algas.
Por outro lado, as algas são quase neutras do ponto de vista do carbono, o que é importantíssimo para a indústria da aviação. Apesar de ser um dos maiores poluidores do planeta, esta indústria ficou de fora do Acordo de Paris e não há planos para mitigar as emissões provocadas pelo cada vez maior número de voos que existem no mundo. Se os aviões passaram a queimar biocombustível feito de algas, a indústria deixa de adicionar CO2 à atmosfera.
A última grande vantagem é o facto de que, depois de se extraírem os óleos utilizados no biocombustível, fica-se com um produto rico em proteína e hidratos de carbono que pode ser usado para alimentar animais, substituindo a proteína de soja.
Algas à Portuguesa
Não é só a ExxonMobil que está interessada nas microalgas. A Buggypower é uma empresa portuguesa que se dedica ao estudo das microalgas para alimentação, cosmética e biocombustíveis.