Novos materiais podem tornar solar concentrado numa alternativa às baterias
Um grupo de cientistas de materiais julga ter descoberto uma forma de aumentar a eficiência das centrais de energia solar concentrada. O objetivo é diminuir o custo desta tecnologia para torná-la mais competitiva, dado que apresenta vantagens que os tradicionais painéis fotovoltaicos não têm.
Uma destas vantagens deste tipo de central solar é o facto de podermos continuar a produzir eletricidade mesmo quando não há sol, graças à forma como funcionam: o sol é usado para aquecer um fluido a altas temperaturas, que pode ser armazenado para gerar energia quando não há sol, ou para produzir vapor, fazer girar turbinas e produzir eletricidade.
Quanto mais quente estiver o fluído, maior a sua eficiência. O problema é que a partir de temperaturas muito elevadas (acima de 726ºC) os metais usados nestas centrais derretem e perde-se a vantagem.
O grupo de cientistas conseguiu produzir um material composto feito de tungsténio e zircónio, capaz de aguentar este tipo de temperaturas. Se conseguirem ultrapassar todas as questões técnicas associadas, as centrais de energia solar concentrada podem vir a tornar-se muito competitivas com o outro método de armazenar energia solar: as baterias.
De qualquer modo, são boas notícias para a energia solar.