Iniciativa de eficiência energética da ONU pode reduzir em 20% emissões de CO2



A Energia de Bairro, uma iniciativa da ONU para reduzir a emissão de gases com efeito de estufa, foi nomeada como a melhor parceria no setor da energia, num encontro promovido pelo Primeiro Ministro da Dinamarca.

“Aquecer e arrefecer as nossas casas consome cerca de 30 por cento da energia mundial. Praticamente toda provém de combustíveis fósseis”, disse Erik Solheim, diretor da ONU Ambiente. “Se queremos criar um futuro melhor, precisamos de repensar a forma como aquecemos e arrefecemos as nossas casas, negócios e cidades. A energia de bairro moderna tem um potencial enorme para cortar nas emissões.”
O conceito da energia de bairro diz respeito a uma rede de tubos centralizada que é usada para climatizar os edifícios de um bairro ou de uma cidade inteira. Os sistemas modernos usam fontes de energia que de outro modo seriam desperdiçados para chegar a este fim, mas também energias renováveis, calor residual, armazenamento térmico e bombas de calor para distribuir a energia de forma eficiente.

Centralizar a climatização de todo um bairro ajuda a tornar o sistema mais eficiente do ponto de vista energético. Por exemplo, 64% da Dinamarca recorre a sistemas centrais para climatização, o que diminuiu em 20% as emissões de CO2.

Segundo a ONU, a União Europeia produz calor residual suficiente para aquecer todos os seus edifícios. Entre outras vantagens deste tipo de climatização contam-se a diminuição da poluição atmosférica, o aumento no acesso a energia barata e limpa e a criação de empregos “verdes”.

A iniciativa Energia de Bairro da ONU está a ser implementada em 36 cidades em todo o globo, para ajudar a planear e modernizar os projetos energéticos. Um exemplo dado é a cidade de Banja Luka na Bosnia Herzegovina, que atualizou a sua rede de aquecimento com 35 anos. Como resultado, a quota de energias renováveis usadas no sistema aumentou em 75%, diminuíram-se as emissões de CO2, melhorou-se a qualidade do ar e a cidade agora poupa um milhão de dólares por ano em combustível.





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