Engenharia climática: espalhar partículas na atmosfera para arrefecer o planeta mais barato do que se supunha
Há quem defenda a necessidade de tomar medidas drásticas para reduzir o aquecimento do planeta, como a engenharia climática: espalhar partículas de sulfatos na atmosfera, imitando o que acontece nas erupções vulcânicas para refletir a luz solar antes de esta entrar na atmosfera e, assim, arrefecer o planeta.
Um novo estudo diz que este tipo de engenharia climática é mais barato do que se supunha, com um custo anual estimado de 2 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros).
Todavia, esta abordagem para resolver o problema das mudanças climáticas é bastante controversa. Há quem ache que pode diminuir o empenho das nações em reduzirem as suas emissões de CO2 mas o maior problema é mesmo o facto de não se poder prever as consequências de espalhar sulfatos na atmosfera superior – e entre as possíveis consequências estão secas e estragos em colheitas a nível global.
Mesmo que a engenharia climática fosse uma solução, há ainda a questão de neste momento não haver nenhum tipo de avião capaz de carregar várias toneladas de partículas até uma altitude de 20km, a altitude necessária para espalhar os sulfatos e bloquear a luz do Sol.
A Professora Joanna Haigh, do Imperial College em Londres, disse mesmo: “Este plano é uma distração que pode muito bem vir a encorajar o enfraquecimento da ação necessária para reduzir as emissões.” A Professora acrescentou que o dinheiro seria mais bem gasto a ajudar as nações a cortar nas emissões e a proteger-se de fenómenos climatéricos extremos.