Cientista portuguesa ganha prémio de 1,5 milhões para desenvolver produto sustentável



Sónia Negrão ganhou na Irlanda uma bolsa de 1,5 milhões de euros para desenvolver a sua proposta de produção sustentável de cevada. Esta quantia foi-lhe atribuída no âmbito do concurso Líderes do Futuro na Investigação, da Fundação da Ciência da Irlanda (SFI).

A bióloga, que conta já com um percurso de investigação na área da ciência, pretende plantar variedades antigas de cevada e observar o seu crescimento através de drones e inteligência artificial.

Ao longo do tempos as sementes do cereal foram alteradas para corresponder a uma produção em massa, sendo o uso de fertilizantes essencial. A cientista constatou que as gerações mais antigas da cevada não produziam na mesma escala mas que tinham “traços de resistência às alterações climáticas e ambientais que foram perdidos nesse melhoramento”. Foi assim que surgiu a ideia de estudar a cevada de forma a contribuir para uma agricultura mais ecológica.

Para a sua investigação Sónia Negrão recebeu sementes de vários países do Norte da Europa.

As novas tecnologias e os aparelhos de inteligência artificial possibilitam que os estudos concluam resultados sobre as espécies mais rapidamente e num menor espaço de tempo. A investigadora refere que os drones “permitem obter imagens ao longo do tempo” e ver as reações das plantas ao estímulos, e a câmara hiperespectral leva a que seja possível analisar “coisas que não conseguimos ver a olho nu, num curto período de tempo”. A equipa tem como ambição analisar através duma estufa “toda a parte de fotossíntese com uma câmara de fluorescência”.





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