Eurythenes plasticus: esta nova espécie dos Oceanos foi descoberta já com plástico no interior
O plástico é um material há muito tempo conhecido como prejudicial para o planeta e para as espécies, que muitas vezes são prejudicadas pela presença do mesmo no seu habitat. A WWF afirma que “como a maior parte do lixo plástico não pode ser reciclado, acaba por ser queimado ou despejado em aterros”, indo parar ao oceano e decompondo-se em microplásticos e nanoplásticos, sendo mais facilmente ingerido pelas espécies marinhas.
Na Fossa das Marianas no Pacífico, zona mais profunda dos oceanos, foi descoberta a 6900 metros de profundidade uma nova espécie de anfípode, a qual nomearam de “Eurythenes plasticus“. A justificação é infelizmente bem simples; Continha uma substância de plástico no seu interior, conhecida por polietileno tereftalato (PET) que existe em produtos como garrafas de água.
Alan Jamieson, biólogo que orientou a missão da investigação explica que “queríamos destacar o facto de precisarmos de tomar medidas imediatas para impedir o dilúvio de resíduos plásticos nos nossos oceanos” .
Descobertas como esta demonstram o quão longe podem ir os resíduos que o ser humano produz, e o perigo que são para os ecossistemas. Alerta-se para a necessidade de maior controlo, prevenção e responsabilidade na produção mundial.
O diretor do programa marinho da WWF na Alemanha, Heike Vésper, chama a atenção para o facto de existirem“espécies que vivem nos lugares mais profundos e remotos da Terra que já ingeriram plástico antes mesmo de serem conhecidas pela humanidade”.
Imagem da espécie Eurythenes plasticus.