Cientista inventa máscaras que se esterilizam quando ligadas ao carregador do telemóvel (e o Planeta agradece)



O cientista Yair Ein-Eli solicitou uma patente nos EUA para a sua inovação, que, segundo Ein-Elin, aumentará a higiene, reduzirá a escassez de máscaras, assim como evitará que milhares de máscaras descartáveis sejam colocadas no lixo todos os dias

“A nossa ideia pode transformar as máscaras de itens descartáveis ​​em aparelhos que as pessoas limpam, o que significa que não precisariam ser substituídos com regularidade e os hospitais não precisariam de suprimentos tão grandes”, disse Ein-Eli, reitor da faculdade de ciência e engenharia de materiais de Technion – Instituto de Tecnologia de Israel.

O cientista estimou que o seu mecanismo de limpeza pode ser adicionado, pelos fabricantes, a qualquer máscara por cerca de 80 cêntimos a unidade.

As máscaras com auto-limpeza parecerão máscaras faciais comuns, além de uma entrada para um cabo USB que serve para alimentar o elemento de aquecimento dentro da máscara, que fica quente o suficiente para matar os germes.

Esta é a única modificação necessária para as máscaras regulares se esterilizarem sozinhas, disse Ein-Eli.

“Inserimos um elemento de aquecimento de fibras de carbono e ligamo-lo a uma entrada USB como a utilizada para carregar telemóveis”, disse Ein-Eli a um jornal israelita.

“Este dispositivo pode aquecer a máscara a 65 a 70 graus Celsius e aquece qualquer coisa absorvida nas camadas da máscara.”

O cientista indicou que um ciclo de aquecimento de 15 a 30 minutos será suficiente para limpar a máscara. “Se estiver no carro e tirar a máscara, basta conectá-la ao carregador do isqueiro e recolocá-la como se fosse uma nova máscara”, disse Ein-Eli.

Ein-Eli espera licenciar a tecnologia para empresas que a apresentarão nos seus projetos, inicialmente para máscaras da classe N95 e superior, destinadas a profissionais de saúde.

“O nosso objetivo inicial são as equipas médicas que precisam de máscaras e precisam saber que elas estão bem limpas”, indicou, acrescentando que, em seguida, prevê que esta tecnologia seja comercializada para o público em geral.

Especialista em tecnologia de baterias, Ein-Eli inicialmente queria adicionar uma bateria às máscaras para permitir a auto-limpeza. “Desenvolvo materiais para baterias e pensei que talvez possa inserir uma bateria nas máscaras para gerar calor para limpar a máscara”, avançou. “Mas percebi que ficaria muito pesado e os regulamentos não permitiriam”.

Então, teve a ideia de um carregador. Embora fosse simples desenvolver a tecnologia para um carregador personalizado, mas o cientista queria que a máscara fosse conveniente, o que significava que precisava ser compatível com qualquer carregador de telefone.

“Era muito difícil encontrar a fibra de carbono certa que atingisse a temperatura com a potência de saída nos 10 watts de um carregador USB. Temos 40 fibras de carbono no nosso laboratório e passei quatro dias a examiná-las, e ainda não tinha encontrado uma.”

Mas então identificou o material certo, e agora espera que o seu pedido de patente seja aprovado. “Espero que isto não ajude apenas hospitais que estão a tentar adquirir equipamentos de proteção, mas também o meio ambiente, impedindo que muitas máscaras sejam deitadas fora”.





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...