Meo Energia: Altice Portugal entra no setor da energia com oferta produzida a partir de fontes 100% renováveis



A Altice Portugal anunciou hoje a entrada no setor da energia, através do lançamento da Meo Energia, cujo projeto piloto teve início em 2019, disponibilizando um tarifário que junta energia renovável e “benefícios de comunicações”.

“A Altice Portugal anuncia a expansão do portefólio disponível para clientes Meo para um novo setor de atividade: o setor da energia. Enquadrada na estratégia de diversificação do portfólio e novos negócios, é lançado o Meo Energia, através da PT Live, parceira da Altice Portugal, num tarifário que junta energia, exclusivamente produzida a partir de fontes 100% renováveis, e benefícios de comunicações”, indicou, em comunicado, a empresa.

Esta oferta está disponível, em Portugal continental, para os novos e para os atuais clientes Meo de pacotes de comunicações com telemóveis associados.

A Altice Portugal ressalvou que este serviço não chegou à Madeira e aos Açores, tendo em conta que o setor da eletricidade não está liberalizado nestas regiões.

Segundo a empresa, o piloto Meo Energia teve inicio em 02 de outubro de 2019 e “os ótimos resultados alcançados demonstraram existir uma apetência no mercado pela oferta” agora disponibilizada.

Com recurso a uma energia totalmente verde, o Meo Energia duplica “a NET dos telemóveis dos clientes” da operadora.

“Numa altura em que é urgente sensibilizar as populações para as questões das alterações climáticas do planeta, a vertente da sustentabilidade transforma-se também numa filosofia para a Altice Portugal, acompanhando toda a sua atuação e incorporando-a oportunamente nas diferentes áreas onde atua”, lê-se no documento.

A Altice Portugal sublinhou que, apesar do contexto associado à pandemia de covid-19, continua a investir no seu setor e em novos negócios, nomeadamente, neste projeto.

“Hoje apresentamos um novo projeto, uma nova área de negócio, mais um investimento em Portugal. Hoje alargamos o ecossistema da Altice Portugal e expandimos a nossa oferta, continuando a trazer inovação aos portugueses”, afirmou o presidente executivo da empresa, em Lisboa, durante a apresentação da Meo Energia.

Para Alexandre Fonseca, este é um “projeto arrojado” que junta energia e telecomunicações, através de um parceiro executivo, a PT Live, que, brevemente, vai passar a designar-se Meo Energia.

“Somos das primeiras operadoras a nível europeu a juntar energia e telecomunicações. Estou certo de que outros projetos seguirão em Portugal, mas nós fomos os primeiros, o que mostra que somos líderes”, notou.

Assim, “num momento em que outros apresentam desculpas com a pandemia para os seus resultados”, a Altice dá “um passo em frente, diz que está cá e que vai continuar a estar”, acrescentou.

Por sua vez, o ‘chief sales officer B2C’ da Altice Portugal indicou que estiveram mais de 50 pessoas envolvidas neste projeto, explicando que a empresa fez um inquérito junto dos seus clientes para identificar “vetores, serviços e áreas de atividade que aos olhos dos clientes” poderiam vir a ter maior destaque, sendo que a energia foi a resposta que mais se destacou.

“O processo de subscrição é simples. As pessoas querem coisas simples e processos de mudança fáceis”, referiu João Epifânio.

Em conferência de imprensa, o presidente executivo da Altice Portugal disse que o objetivo passa por capitalizar os clientes da base fixa da empresa – cerca de 1,6 milhões – , ambicionando que este serviço venha a assumir uma posição “relevante” dentro de alguns meses.

Questionado sobre o investimento associado à entrada neste setor, Alexandre Fonseca, escusou-se a avançar números, referindo apenas que se trata de “um investimento na economia portuguesa e nos empresários portugueses”.

Do mesmo modo, este responsável não se comprometeu com um número relativo a novos postos de trabalho, gerados com esta aposta, vincando que a Altice, perante a atual conjuntura, impactada pela pandemia de covid-19, quer “manter os postos de trabalho e tratar bem as pessoas e com isso crescer à medida que o negócio cresce”.

Porém, Alexandre Fonseca notou que o sucesso deste projeto depende também do conhecimento do mercado da energia, não colocando de lado a “incorporação de especialistas”.





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