Buraco da camada de ozono na Antártida é um dos maiores dos últimos anos
A Camada de ozono foi fortemente prejudicada nos anos 80 pelo uso de produtos prejudiciais com clorofluorcarbonetos, tendo-se descoberto em 1985 um buraco na zona da Antártida. Para combater esta situação foi criado o Protocolo de Montreal em 1987, e espera-se que em 2050 a camada já esteja recuperada.
Através do Satélite Copernicus Sentinel-5P, a Agência Europeia Espacial (ESA) conseguiu detetar que o buraco na camada de ozono por cima da Antártida é atualmente um dos maiores e mais profundos dos últimos anos, chegando a atingir no dia 2 de outubro o tamanho máximo de 25 milhões de quilómetros quadrados.
Diego Loyola, do Centro Aeroespacial Alemão, afirma “As nossas observações mostram que o buraco de ozono em 2020 cresceu rapidamente desde meados de agosto, e cobre a maior parte do Continente Antártico – com um tamanho muito acima da média.”
O tamanho do buraco de ozono vai variando, mas nos meses entre agosto e outubro regista-se sempre um aumento. Esta variação depende da força de uma faixa de vento que flui na região, que “é uma consequência direta da rotação da Terra e das fortes diferenças de temperatura entre as latitudes polares e moderadas”, explica a ESA.
Pode ver o buraco da camada de ozono entre 25 de setembro e 18 de outubro de 2020, no vídeo abaixo: