Peru. O ambicioso projeto para criar uma cidade sustentável no deserto



Entre recursos públicos e privados, estima-se que o investimento ronde os 2,5 mil milhões de euros para a construção da cidade que pretende albergar 115 mil habitantes e construir uma área florestal de 2 mil hectares, o equivalente a 60% das áreas verdes da capital, Lima.

O Ministério do Ambiente peruano diz que a cidade será um “modelo pioneiro de gestão territorial sustentável” no país. “Uma cidade que incorpora dinâmicas produtivas e logísticas sob um modelo sustentável e que enfrenta os desafios das mudanças climáticas”, afirmou a ministra Kirla Echegaray.

O crescimento desordenado da capital peruana é, há vários anos, um dos problemas da cidade e dos seus habitantes. No entanto, este ambicioso projeto não está isento de preocupações quanto ao seu desenvolvimento. É isso que diz a analista política e especialista em gestão pública Karen López Tello em entrevista à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC. Ela enumera possíveis dificuldades relacionadas com a gestão de recursos económicos, conexão entre diferentes instituições e também a situação política.

“Isso exige um grande esforço de coordenação multissetorial que também deve ser sustentado ao longo do tempo e por mais de um governo”, diz a analista, que é presidente da associação civil Propuesta País. Apesar das dificuldades observadas, López Tello considera a iniciativa oportuna, inovadora e desafiadora.

O presidente Martín Vizcarra anunciou que este projeto, que irá ficar situada em Ancón, perto de Lima, capital do Perú, surge no âmbito da comemoração dos 200 anos da independência do país, que se celebra a 28 de julho de 2021.





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