Stop Finning: A iniciativa que quer travar o comércio de barbatanas na UE



Todos os anos, entre 63 e 273 milhões e tubarões são mortos e muitas outras espécies estão cada vez mais ameaçadas no mundo inteiro. Os tubarões são procurados globalmente pela sua carne e pelo óleo do seu fígado, mas a maior ameaça ainda é o finning. Esta prática consiste em cortar as barbatanas do tubarão com o animal ainda vivo e devolvê-lo ao mar, onde acaba por afundar e sofrer uma morte lenta.

Devido ao seu elevado valor comercial e uso numa sopa tradicional famosa no mercado asiático, apesar dos esforços de activistas e de restrições implementadas, a práctica do finning ainda ocorre, com a Europa a ser um dos membros mais activos do comércio global de barbatanas de tubarão.

Portugal, só em 2016, registou um volume de pesca de tubarão azul de 13.428 toneladas. Outros países como Espanha e o Reino Unido, registaram um volume de respetivamente 39.184 e 17 toneladas.

A Iniciativa de Cidadania Europeia ‘Stop Finning — Stop the Trade’ começou a recolher assinaturas a 1 de fevereiro de 2020, e vai continuar no processo até 31 de julho de 2021. O objetivo é que o comércio de barbatanas na UE chegue ao fim, incluindo a importação, a exportação e o transporte de barbatanas que não estejam naturalmente agarradas ao corpo do animal, fortalecendo ao mesmo tempo o enquadramento jurídico da União Europeia (UE).

Em junho de 2019, o Canadá tornou-se o primeiro dos países do grupo G7 a banir a importação de barbatanas de tubarão. Espera-se que a UE consiga seguir o exemplo.





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