Este relatório da McKinsey conta-lhe tudo sobre o futuro da energia solar
Depois de uma década de rápido crescimento, parece que a energia solar entrou na sua fase de bolha. A conclusão é da consultora McKinsey, que num dos seus relatórios periódicos avança com várias explicações para este mais do que previsível desfecho.
Em primeiro lugar, os preços desceram radicalmente na última década, à medida que os Governos subsidiaram novas instalações solares e a China, eventualmente, entrou no jogo das renováveis. Os preços mais baixos e as margens – agora reduzidas – estão a ameaçar muitas das empresas pioneiras desta indústria.
Por outro lado, a crise económica levou a uma diminuição do investimento estatal nos sistemas de energia solar, o que arrefeceu o mercado.
“Apesar dos desafios, a pesquisa da McKinsey indica que a indústria está a sofrer as suas dores de crescimento e não à beira do colapso”, explica a consultora. “O solar está a entrar no seu período de maturação, o que significa que, dentro de alguns anos, haverá um crescimento mais estável e expansivo para as empresas que consigam gerir os custos e a inovação decorrente do aumento da procura por parte de vários segmentos de consumidores”.
Leia o relatório e tire as suas conclusões (em inglês).
Segundo a McKinsey, os custos do fotovoltaico continuarão a descer, à medida que a capacidade de fabrico duplicar, ou seja, nos próximos três a cinco anos. O custo do típico sistema comercial poderá decrescer 40% até 2015 – e uns adicionais 30% até 2020 – o que permitirá às empresas capturarem margens atraentes com a instalação de novas capacidades.
Outra das conclusões indica que o mercado continuará a crescer, apesar do corte nos subsídios estatais. Na verdade, o crescimento nos próximos 20 anos virá sobretudo de cinco segmentos: off-grid, residencial e comercial, em áreas com boas ou moderadas condições solares, redes isoladas, capacidade de pico em mercados em desenvolvimento e novas fábricas de larga escala.