E se as ciclovias fossem todas feitas de plástico reciclado?



Uma ciclovia feita com quase uma tonelada de lixo plástico acaba de ser inaugurada no Parque Florestal de Chapultepec, na Cidade do México. É feita com resíduos plásticos pós-consumo, cujo design inteligente oferece ainda drenagem e armazenamento de água pluvial. Os plásticos reaproveitados na construção da ciclovia seriam descartados ou incinerados. Outra vantagem é que quando o material se desgasta pode ser reciclado novamente criando uma vida útil cíclica.

A instalação no México é uma parceria entre a PlasticRoad, Orbia, Secretaria de Mobilidade da Cidade do México (SEMOVI) e Secretaria de Meio Ambiente da Cidade do México (SEDEMA). Já a função de armazenar água da chuva contribui para evitar inundações, o que é muito comum no México. “Com precipitação anual recorde de mais de 54 milhões de metros cúbicos, os problemas de gestão da água na Cidade do México têm impactos na disponibilidade de água potável e na qualidade de vida dos cidadãos”, explicam em comunicado.

Em Setembro de 2018, foi inaugurada em Zwolle (Holanda) a primeira ciclovia feita de copos e garrafas de plástico. Foi construída com 218 mil copos de plástico e 500 mil tampas. O projeto apresentou-se como sendo uma “forma rápida de construir estradas”, “com menos impacto nos arredores” e “menos emissões de dióxido de carbono”. Também a utilização do plástico faz com que as estradas durem mais devido aos “elementos modulares e pré-fabricados” que “encaixam em estruturas preexistentes”.

Para além do material inovador que constitui a ciclovia, esta está equipada com sensores que permitem avaliar a temperatura do pavimento e o número de bicicletas que por lá passam. A leveza do material permite ainda o desaguamento da chuva.

O troço-piloto está munido com sensores que permitem avaliar a temperatura do material ou o número de bicicletas que o atravessam. Como são leves e ocos, os blocos que compõem a ciclovia permitem uma instalação mais fácil e permitem também o desaguamento das águas da chuva. Ao jornal britânico “The Guardian”, os inventores das estruturas pré-fabricadas, Anne Koudstaal e Simon Jorritsma, disseram que este projecto é: “um grande passo para uma estrada sustentável e preparada para o futuro, feita de resíduos de plástico reciclado”.





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