Eventos El Niño e La Niña aumentam de frequência com o aquecimento global, indica estudo
ENSO são as flutuações da temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico meridional. Durante a fase El Niño do ciclo, há águas mais quentes e, portanto, mais precipitação no lado leste do Oceano Pacífico, e condições mais secas no lado ocidental. Durante La Niña, o oposto acontece, causando menos precipitação nas Américas e mais na Australásia.
“Temos dois extremos: seca mais severa e seca mais frequente, e inundações mais graves e inundações mais frequentes”, alerta Cai.
Na Austrália, os eventos do El Niño estão associados às secas, e La Niña com inundações e ciclones, mas os efeitos vão muito além deste país. Os autores salientam, por exemplo, que um evento de La Niña de 1998 coincidiu com inundações na China que levaram à morte de milhares de pessoas, e à deslocação de mais de 200 milhões, bem como às inundações de mais de 50% das terras do Bangladesh.
De acordo com Cai, eventos extremos do El Niño aconteceram aproximadamente uma vez a cada 20 anos no século XX, mas agora estão a aumentar de frequência. “Vai quase duplicar, para um em 11 anos ou mais.”