Existe um azeite biológico português a colecionar medalhas pelo mundo
Da terra e das oliveiras transmontanas para os pratos de meio mundo, o Acushla é um azeite biológico português de Denominação de Origem Protegida (DOP) que nasceu em 2004 e que, gota a gota, está a conquistar os especialistas em eventos internacionais. Tudo graças às variedades de oliveiras autóctones de Trás-os-Montes e Alto Douro – cobrançosa, madural, verdeal e cordovil –, que cobrem os 300 hectares da Quinta do Prado, em Vila Flor.
O azeite biológico virgem extra tem um nome de origem celta que significa “o bater do coração”, e que sintetiza como nasceu o projeto: “da força de uma emoção e da paixão que permitiu unir várias gerações da mesma família em torno de uma ideia, que se fez realidade ligada à natureza, com respeito pelo meio ambiente e rumo a um planeta melhor e mais saudável”, explica a equipa.
O lagar da Quinta do Prado é o primeiro em Portugal com certificação FSSC 22000 (Food Safety System Certification), uma das mais rigorosas normas internacionais em segurança alimentar. Tendo como fundamento a agricultura biológica, o olival é cultivado de forma a respeitar os ciclos de vida natural e não são utilizados quaisquer pesticidas e químicos. Atualmente, a produção está também a tornar-se mais eficiente, com o aumento em 200% da capacidade dos seus painéis fotovoltaicos.
Nesta quinta, os animais também têm um papel fundamental. “Com uma visão holística da atividade e fiéis ao conceito de uma agricultura biodinâmica, as terras que fazem nascer o Acushla têm instaladas caixas-ninho para o mocho-galego, o falcão peneireiro-comum e a coruja-das-torres. Objetivo: controlar de uma forma sustentável as populações de micromamíferos, que por vezes destroem as condutas de rega e oliveiras nesta exploração. Adicional e recentemente, a Quinta do Prado adquiriu perto de 200 ovelhas, a fim de fertilizarem os solos com as pastagens e ajudar a criar matéria orgânica para potenciar o valor da compostagem caseira”, referem.
Como revela Joaquim Moreira, fundador do projeto, “O lagar Acushla transformou no último ano cerca de 600 mil quilos de azeitona em 87 mil litros de azeite. Estamos a exportar neste momento 90% da nossa produção para França, Alemanha, Suíça, Polónia, Hungria, Croácia, Suécia, Inglaterra, Holanda, Canadá, Brasil e Estados Unidos da América, entre outros. Um dos nossos principais objetivos para este ano é o crescimento no mercado nacional, posicionando a marca nos restaurantes de referência e em lojas biológicas, sustentáveis e gourmet, de norte a sul do País”.
Nos últimos quatro anos, o Acushla ganhou mais de 50 medalhas e distinções nos principais concursos de azeite internacionais. Suíça, Itália, Japão, China, Estados Unidos da América, Reino Unido, Portugal, entre muitos outros países, já distinguiram o azeite virgem extra da insígnia, nos principais eventos de referência do setor.