Índia: matar caçadores furtivos de animais selvagens vai deixar de ser crime
O Governo da Maharashtra, no oeste indiano, deixou de considerar crime a morte de caçadores furtivos de animais selvagens, na sequência de pelo menos oito mortes de tigres este ano – 14 em toda a Índia.
O estado indiano declarou guerra à morte ilegal de animais e deu ordens para os guardas florestas, literalmente, caçarem os caçadores ilegais que sejam vistos, em flagrante, a matar tigres, elefantes e outros animais.
“[Os guardas florestas não devem ser] multados por violações de direitos humanos quando tomarem acções contra os caçadores furtivos”, explicou o ministro das Florestas de Maharashtra, Patangrao Kadam.
Para acabar com esta destruição da vida animal, o estado irá enviar mais rangers e jeeps para as florestas e pagará a informadores lhes dêem dicas sobre ladrões de animais e caçadores. O prémio pode ir até aos €71 mil (R$ 178 mil).
A Índia tem metade dos 3.200 tigres existentes no mundo. Desde os anos 70 que eles vivem em reservas de vida selvagem, mas nem isso tem diminuído o interesse dos caçadores furtivos, uma vez que há partes do animal que são utilizadas para a medicina tradicional chinesa e, por isso, tem um grande valor no mercado negro.
Para além dos tigres, também os elefantes e rinocerontes são muito apreciados pelos caçadores furtivos. Os leopardos, por outro lado, são envenenados pelos próprios locais, que têm medo que estes animais destruam as suas culturas e ataquem as casas.