Plástico e mais plástico: EUA é dos países que mais contribui para a poluição deste material
A cada ano, 8,8 milhões de toneladas de resíduos chegam ao oceano em todo o mundo – uma ameaça grave e com repercussões a longo prazo para o Planeta. Os Estados Unidos contribuem em grande parte para esta situação, já que desde 1960 a produção de resíduos plásticos tem vindo a aumentar no país, estimando-se que 42 milhões de toneladas métricas deste resíduos sejam produzidos anualmente.
Em 2016, os Estados Unidos foram o país que mais contribuiu para a poluição de plástico no mundo, superando todos os estados membros da União Europeia combinados. Além disso, a quantidade de lixo municipal é entre duas a oito vezes superior a países semelhantes.
Estas indicações são dadas no mais recente relatório da Instituição The National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine, que sugere que o país deve desenvolver uma estratégia até 31 de dezembro de 2022, a fim de travar este problema e de reduzir o seu impacto no ambiente e nos ecossistemas. Uma das recomendações dos autores é que se crie um sistema de monitorização, que permita compreender a escala e as fontes deste problema, com o objetivo de se criar metas e avaliar o progresso das mesmas. Entre outras medidas, estão também a melhoria de gestão de resíduos, a diminuição da produção de plástico e o aumento da fiscalização dos despejos no mar.
“Os resíduos plásticos são uma crise ambiental e social que os EUA precisam de enfrentar afirmativamente desde a fonte até ao mar”, sublinha Margaret Spring, presidente do comité de especialistas que desenvolveu o documento. “Os resíduos de plástico gerados pelos Estados Unidos têm tantas consequências – impactam as comunidades do interior e costeiras, poluem os nossos rios, lagos, praias, baías e cursos de água, colocam sobrecargas sociais e económicas sobre as populações vulneráveis, colocam em perigo os habitats marinhos e a vida selvagem e contaminam as águas dos quais os humanos dependem para se alimentar e subsistir”, aponta.