Incrível: professor brasileiro refloresta parte da Mata Atlântica
Rodolfo de Oliveira Souza, um professor brasileiro de Geografia, chegou às notícias daquele País depois de ter plantado cerca de 100 árvores na Serra do Engenho Novo, bairro de Vila Isabel, Rio de Janeiro.
Esta reflorestação foi feita de forma solitária, nos últimos seis anos, do seu bolso e unicamente com árvores nativas do Brasil: pau-brasil, jacarandá, ipê, merindiba, pau-ferro, sibipiruna, sapucaia, abiu, jatobá, ingá, paineira, oiti, pau d’alho e jequitibá. Algumas destas, segundo a Exame, já atingem os quatro metros de altura.
Sabe o que é a Mata Atlântica? Veja aqui.
“Gosto de fazer isto. Desde pequeno que planto árvores. Onde eu ia, semeava. No início o projecto foi difícil, porque não sabia lidar com as formigas e plantava por baixo de outras árvores, o que não trazia bons resultados. Depois aprendi que precisava de plantar directamente sob o sol”, explicou o professor de Geografia à National Geographic Brasil.
O projecto não é fácil. Todos os dias, Rodolfo tem de lutar contra a seca, as formigas e o capim-colonião, uma espécie invasor que cresce e sufoca as árvores mais pequenas. Ainda assim, todos os dias antes de ir trabalhar, Rodolfo sobre por um caminho perto de sua casa e rega as plantas. Aproveita também para arrancar o capim e, por vezes, borrifa-as com um insecticida em pó, para combater as formigas e os gafanhotos.
Conheça o blog do projecto.
“O poder público tem que fazer mais. Tem de ser prioridade recuperar a vegetação desses morros todos, principalmente na zona norte e no subúrbio, onde é mais seco e tem menos áreas verdes”, explicou.
Há também que combater as invasões das matas pela expansão das favelas ou especulação imobiliária. E recorda a Floresta da Tijuca, que hoje tem 3.958 hectares e foi replantada por ordem de Dom Pedro II, para combater a falta de água que atingiu, nessa época, o Rio de Janeiro. “Foi o primeiro reflorestamento ecológico de que há notícia”, concluiu o professor.