Cientistas recostroem pela primeira vez um genoma de bactéria E. coli do século XVI
Um grupo de cientistas conseguiu reconstruir o primeiro genoma de uma bactéria Escherichia coli do século XVI. Esta bactéria é conhecida por se adaptar e ser especialmente resistente ao tratamento. Embora seja comummente encontrada nos intestinos das pessoas e dos animais saudáveis, é um patógeno oportunista em condições específicas, e foi já responsável por vários surtos de intoxicação alimentar.
Durante o estudo foram analisados os restos mortais de um nobre italiano, cujo corpo estava preservado junto de outros, na Igreja de San Domenico Maggiore, em Nápoles, Itália. Sabe-se que o homem morreu em 1586, aos 48 anos. Ao isolar o ADN antigo e reconstruir o genoma, descobriram que se tratava de um cromossomo de 4446 genes e dois plasmídeos putativos com 52 genes. A cepa do vírus pertencia ao filogrupo A e tinha uma sequência excepcionalmente rara do tipo 4995.
A história evolutiva da Escherichia coli é ainda um mistério, não se sabe inclusive quando adquiriu novos genes e quando ganhou resistência aos antibióticos. Conseguir o genoma de 400 anos da bactéria permite aos investigadores comparar e estudar a sua evolução ao longo de todo este período de tempo.