Sabia que existe uma app para identificar mosquitos?



Embora em Portugal os mosquitos pareçam inofensivos, nem todos o são. É preciso estar atento à sua expansão no mundo, para que se possa controlar e prevenir que se tornem um problema para a saúde pública. Surge assim a app Mosquito Alert, um projeto de ciência cidadã que investiga e monitoriza os mosquitos que transmitem doenças como Dengue, Zika, Chikungunya ou Febre do Nilo Ocidental, na Europa. Quanto mais informação for partilhada, mais fácil é de combater este problema.

Na aplicação, são procuradas cinco espécies específicas: mosquito comum (Culex pipiens) – espécie nativa -, mosquito da febre amarela (Aedes aegypti), mosquito tigre (Aedes albopictus), mosquito do japão (Aedes japonicus), mosquito da coreia (Aedes koreicus) – espécies invasoras. O utilizador pode reportar um avistamento, uma picada, ou mesmo possíveis criadouros presentes na via pública, através de fotografias e de outras informações relevantes. Os especialistas irão depois validar a sua notificação e responder às suas observações. Desde 2014 que é atualizado um mapa público e são publicados relatórios, onde são divulgados os resultados do projeto.

Um dos avanços que o projeto já permitiu foi a confirmação da presença do mosquito tigre em mais de 500 municípios de Espanha, nomeadamente, nas Comunidades Autónomas de Andaluzia, Aragão, Catalunha, Valenciana, como também nas Ilhas Baleares.

Como explicam na página, os mosquitos transmitem os arbovírus aos hospedeiros amplificadores, que são mamíferos, aves ou seres humanos, consoante o arbovírus, e que depois o passam a hospedeiros incidentais, ou seja, um hospedeiro que não desenvolve a viremia suficiente para o transmitir. No caso da Febre do Nilo Ocidental, o ser humano é um hospedeiro incidental, dando como terminado o ciclo do arbovírus. Já no caso da Febre Amarela, Chikungunya, Dengue e Zika, o arbovírus é transmitido a um ser humano, e sendo este um hospedeiro amplificador, pode passar a outra pessoa. No entanto, importa referir que na maioria dos arbovírus os seres humanos são hospedeiros incidentais, e que a maioria das espécies de mosquitos não são capazes de transmitir um vírus.

 

 





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...