O mistério por trás das hastes de veado



Embora vistosas, bonitas para alguns e assustadoras para outros, as hastes dos veados são uma parte do corpo desconhecida para muita gente. A verdade é que estas estruturas não permanecem a vida inteira no corpo do animal – ora nascem, ora crescem, ora caem. Este ciclo decorre ao longo do ano, sendo o nascimento durante a primavera e a perda durante o inverno, após a época de reprodução. Tratam-se de ossos “regeneradores”, uma característica rara no reino animal.

Apesar de serem temporárias, as hastes crescem cerca de 2 centímetros por dia. O peso e o comprimento variam entre espécies, mas no caso do veado vermelho (Cervus elaphus), por exemplo, estes podem chegar aos 90 centímetros e alcançar pouco mais de 3 quilos, segundo a Wildlife Online UK.

Estas estruturas ósseas nascem apenas nos machos, e o seu tamanho e a quantidade de ramificações varia de veado para veado, consoante especificidades como a idade e a alimentação. No caso do veado-vermelho-ibérico (cervus elaphus hispanicus), como descreve a plataforma Portugal Selvagem, aos 7 anos as hastes podem ter mais de 1 metro de comprimento e atingir perto de 20 ramificações.

Uma investigação da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, concluiu que existem dois genes responsáveis ​​pelo rápido crescimento das hastes. São o uhrf1, que provoca a rápida proliferação de células ósseas, responsável pelo seu crescimento, e o s100a10, que aumenta os depósitos de cálcio e provoca a rápida mineralização, que fortalece o tecido ósseo. Este processo de regeneração está a ser estudado com o objetivo de encontrar-se curas para doenças ósseas humanas.

 





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