Dinamarca quer introduzir o maior imposto de carbono da Europa
O governo dinamarquês e a maioria dos partidos políticos concordam em introduzir, a partir de 2025, um imposto de CO2, que visa impulsionar a transição verde corporativa. Esta é a maior taxa da carbono alguma vez implementada na Europa, e pode garantir a redução de 1,3 milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2) em 2025 e 4,3 milhões de toneladas de CO2 em 2030.
O objetivo é que o imposto seja introduzido de forma gradual, até 2030, dando tempo às empresas procurarem alternativas mais sustentáveis e tornarem independentes dos combustíveis fósseis. Estima-se que, quando o imposto estiver implementado em 2030, a taxa seja de 375 coroas dinamarquesas (cerca de 50 euros) para as empresas abrangidas pelo Regime Comunitário de Licenças de Emissão da União Europeia, e de 750 coroas dinamarquesas (cerca de 100 euros) por tonelada emitida de CO2 para as empresas não abrangidas. Quanto às empresas ligadas à mineralogia, terão uma taxa de 125 coroas dinamarquesas (cerca de 16 euros) por tonelada de CO2.
“É um grande dia para o nosso clima. Com o acordo de hoje, uma ampla maioria no Parlamento dinamarquês oferece a maior contribuição individual para a redução das emissões de CO2 desde que aprovámos a lei climática”, afirma em comunicado o ministro dos Impostos, Jeppe Bruus. “Isto irá garantir que será o poluidor a pagar pelas suas emissões – ao mesmo tempo que damos apoio direcionado para a transição verde das empresas“.
O acordo prevê que o investimento de 7,3 mil milhões de coroas dinamarquesas do Fundo Verde, direcionado para a transformação verde nas empresas. Além disso, mil milhões serão ainda alocados para o investimento das empresas em novos ativos de produção verde.
Este passo vai permitir ao país cumprir com as suas metas climáticas, de reduzir 70% das emissões de gases com efeito de estufa, comparativamente aos níveis de 1990, até 2030.