27 crias de águia-caçadeira vão ser libertadas em Miranda do Douro



Esta sexta-feira decorre, em Miranda do Douro, o início da libertação de 27 crias de águia-caçadeira (Circus pygargus), no âmbito da Jornada Searas com Biodiversidade: Salvemos a Águia-caçadeira. Algumas das crias tinham sido resgatadas e outras eram provenientes da incubação dos ovos resgatados dos ninhos, no Nordeste Transmontano.

Em maio foi formalmente assinado o Protocolo Searas com Biodiversidade: Salvemos a Águia-caçadeira, que une, numa parceria, o Clube de Produtores Continente, a Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC), o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO/BIOPOLIS) da Universidade do Porto e a Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural. Esta parceria inédita tem como objetivo contribuir para salvar esta espécie, em vias de extinção no país, identificando ações e medidas de gestão para salvaguardá-la, mas também para promover um sistema alimentar mais amigo do ambiente.

No âmbito da campanha de salvamento, foram realizadas diversas ações consideradas urgentes e que têm como objetivo aumentar o sucesso reprodutor e, consequentemente, a população de águia-caçadeira, o que incluiu a prospeção de colónias e ninhos, a monitorização da reprodução, o resgate de ovos e a proteção de ninhos.

Organizada pela Palombar, a Jornada que se realiza amanhã tem como objetivo fazer um balanço sobre as diversas ações que integraram este projeto desde fevereiro, assim como apresentar alguns resultados preliminares. Além disso, será formalizada a adesão de novos agricultores à Rede de Proprietários Amigos da Águia-caçadeira, que conta já com cerca de duas dezenas de agricultores, gestores e proprietários de terremos agrícolas.

Foto: Gonçalo Mota, Palombar




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