97 anos depois a magnólia do Haiti volta a ser encontrada pelos cientistas



Uma expedição da Re:wild e do Haiti National Trust, ao norte do Haiti, levou ao encontro de uma espécie de planta que não era avistada há 97 anos, a magnólia do norte do Haiti (Magnolia emarginata). A magnólia não era avistada desde 1925, ano em que foi descoberta na floresta de Morne Colombo.

As hipóteses de encontrar esta árvore eram de uma em um milhão, considerando que restam tão poucas florestas no Haiti”, refere o investigador  Eladio Fernandez, que coordenou a expedição. “Esta redescoberta serve como um farol de esperança para a biodiversidade do Haiti. Apesar do estado desolador das florestas degradadas do país, este ainda abriga espécies como esta que não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo, dando-nos a oportunidade de salvá-las.

A desflorestação provocada pela indústria madeireira e pela produção de carvão levaram à destruição das zonas florestais em todo o país. A floresta onde tinha sido originalmente encontrada, na montanha de Morne Colombo, já não existe. Por essa mesma razão, muitas espécies nativas encontram-se em risco de sobrevivência, e por outro lado, acabam por nascer em zonas de difícil acesso.

A equipa partiu à aventura no começo de junho, época em que as flores começam a desabrochar. O destino foi a cordilheira Massif du Nord, uma área com um habitat adequando para o crescimento da espécie e perto da floresta em que tinha sido encontrada pela primeira vez. Os investigadores identificaram 16 magnólias adultas e algumas juvenis, tiraram fotografias, amostras de herbário e tecido para posterior análise do ADN.

O próximo passo do Haiti National Trust é a recolha de sementes, no final do outono, para dar início a um programa de conservação da espécie. A Magnolia emarginata encontra-se classificada como “criticamente ameaçada” de extinção na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).





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