Cientistas criaram a melhor reconstrução 3D de um megalodonte
Uma equipa internacional de cientistas conseguiu criar a reconstrução 3D mais completa de sempre de um megalodonte (Carcharocles megalodon), o temível predador que nadou nos oceanos há 3 milhões de anos.
Foi com base nos restos fósseis descobertos na Bélgica, mais especificamente de parte da coluna vertebral de um megalodonte que viveu há 18 milhões de anos, que a equipa conseguiu fazer estra reconstrução tão pormenorizada. Pouco se sabe sobre esta espécie dado que muitos dos restos que existem para a estudar são restos dentários.
Os dados indicam que o animal – que na altura em que morreu tinha 46 anos – tinha 16 metros de comprimento e pesava 61 toneladas. Tinha capacidade para nadar 1,4 metros por segundo e viajar por longas distâncias. Quanto à alimentação, podia consumir perto de 100.000 quilos de calorias por dia e tinha um estômago com um volume de 10 mil litros. Era capaz de comer uma orca inteira e outra presas que tivessem até 8 metros de comprimento. Os autores acreditam que a sua alimentação, à base de mamíferos marinhos como as baleias, permitir-lhe-ia nadar durante milhares de quilómetros sem precisar de se alimentar durante dois meses.
“Os resultados sugerem que este tubarão gigante era um predador transoceânico super-ápice. A extinção deste icónico tubarão gigante provavelmente impactou o transporte global de nutrientes e libertou grandes cetáceos de uma forte pressão predatória”, explica Catalina Pimiento, investigadora e professora das Universidades de Zurique e Swansea.
Pode ver o modelo 3D no vídeo disponibilizado pelo grupo. O estudo foi agora publicado na revista científica Science.