António Guterres: “O nosso planeta está a arder”



“As alterações climáticas são o nosso grande desafio”, afirmou António Guterres na 77.ª sessão da Assembleia-Geral da ONU, destacando as metas para os próximos tempos e explicando que, apesar delas, as emissões de gases estão, neste momento, a aumentar.

De acordo com o líder das Nações Unidas, as emissões globais de gases de efeito estufa precisam de ser reduzidas em 45% até 2030 para que exista alguma esperança de chegar a zero até 2050, mas, a esta altura estão a subir em níveis recorde.

Guterres deu como o exemplo o facto de um terço do Paquistão estar a esta altura submerso. De resto, nesta altura “todas as regiões estão a ser afetadas pelas alterações climáticas e existem também várias espécies de animais que estão ameaçadas, que estão em risco de extinção”, alertou o responsável.

Além disso, acrescentou, os “verões quentes de agora muito provavelmente vão ser os invernos ainda mais frios de amanhã. Basta ver os recordes de temperaturas atingidos no País e no mundo. E, muito provavelmente, no Inverno, esses recordes vão ser também batidos, mas no outro extremo do termómetro”.

Para António Guterres, o mundo está “viciado em combustíveis fósseis” e para combater esta situação, “todos têm de se envolver neste trabalho de combate às alterações climáticas, desde empresas, bancos, governos”, disse António Guterres.

“Precisamos de responsabilizar as empresas de combustíveis fósseis e seus facilitadores. Isso inclui os bancos, fundos privados, gestores de ativos e outras instituições financeiras que continuam a investir e a subscrever a poluição por carbono. E inclui a enorme máquina de relações públicas que fatura milhares de milhões para proteger a indústria de combustíveis fósseis do escrutínio”, sublinhou.

 





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