Governo da Madeira e municípios comprometem-se a adotar medidas de poupança de água
O Governo da Madeira e os 11 municípios da região comprometeram-se hoje a adotar medidas de adaptação às alterações climáticas no domínio da água, através da assinatura de uma declaração proposta pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas.
A declaração de compromisso, promovida pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA), foi assinada no Museu de Eletricidade, no Funchal, pela Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, pela empresa pública Águas e Resíduos da Madeira, que representa cinco municípios, e pelas restantes seis autarquias da região autónoma.
Na ocasião, a secretária regional do Ambiente, Susana Prada, explicou que, com a assinatura daquele documento, “os municípios comprometem-se a renovar as redes de água para diminuir o desperdício, a regar os jardins públicos com água da chuva”, assim como a “utilizar também as águas pluviais para a limpeza de estradas”, por exemplo.
“As alterações climáticas vão diminuir as disponibilidades hídricas e temos todos de contribuir. Não podemos só pedir à população que, nas suas casas, adote medidas de poupança de água. Tem de partir também das entidades públicas e dos municípios”, defendeu.
Susana Prada não quantificou as perdas de água na Madeira, mas admitiu que “ainda são elevadas” e apontou que o objetivo é “baixar as perdas médias para 40%”.
Os municípios, entidades públicas e a APDA declararam, por isso, o seu compromisso “em impulsionar os esforços necessários para a adaptação e a mitigação às alterações climáticas, em particular no que se refere aos serviços de águas, para garantia das gerações futuras”, lê-se no documento assinado.
“Não obstante todo o trabalho já desenvolvido até à data, estamos certos de que, no seu conjunto, o setor dos serviços de abastecimento e saneamento de água urbana pode ir mais longe no seu dever de apoiar, propor e operacionalizar estratégias e medidas para o combate à emergência climática”, defende a declaração proposta pela APDA.