Verdes hasteiam bandeira preta em rio em Torres Vedras para denunciar poluição



O Partido Ecologista Os Verdes vai hastear uma bandeira preta na foz do Rio Alcabrichel, no sábado, para denunciar os problemas ambientais e de saúde pública no rio que atravessa o concelho de Torres Vedras.

No âmbito da campanha SOS Natureza, os Verdes vão colocar “uma bandeira negra face aos atentados ambientais e de saúde pública aos quais se tem sujeitado este curso de água”, lê-se num comunicado hoje divulgado.

De acordo com o partido ecologista, as queixas de poluição estão relacionadas com “descargas poluentes da ineficiente atividade de tratamento das residuais, excesso de assoreamento e inundações”.

Na nota, Os Verdes recordam que já se verificaram várias situações de mortalidade de peixes associadas à poluição.

O Rio Alcabrichel e outras linhas de água da Bacia Hidrográfica das Ribeiras do Oeste são o ecossistema de uma espécie de peixe, o ‘ruivaco do Oeste’.

Com a ação marcada para sábado em Torres Vedras, no distrito de Lisboa, os Verdes pretendem alertar para a “necessidade de se investir no reforço dos meios materiais e humanos para a proteção destes ecossistemas” e da fiscalização e monitorização e ambiental dos cursos de água com vista à conservação dos ecossistemas, é acrescentado na nota.

Em 2011, a associação ambientalista Quercus, privados e o Centro de Biociências do Instituto de Psicologia Aplicada lançaram um projeto para repovoar o rio do ‘ruivaco do Oeste’, espécie endémica que esteve ameaçada de extinção e foi reproduzida em viveiros

O ‘ruivaco do Oeste’ habita há cinco milhões de anos o rio Alcabrichel, um dos três rios portugueses onde a espécie está confinada, mas começou a desaparecer devido a problemas de poluição das águas, causada pela descarga de águas residuais sem tratamento.

Ao longo dos anos, descargas ilegais de suiniculturas denunciadas publicamente pela Quercus colocaram em causa o projeto e chegaram a matar centenas de peixes.

Devido às denúncias, a GNR aplicou coimas a explorações agropecuárias por descargas ilegais de efluentes.

As inundações provocadas pelo mar e pelo rio junto à foz da linha de água e à praia de Porto Novo, que ainda se verificam sempre que há precipitação intensa, levaram a Empresa Águas do Vimeiro, detentora do Hotel Golfe Mar, a encerrar os campos de golfe.





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