COP15: UE e países de África, Caraíbas e Pacífico pedem acordo “ambicioso” para “travar perda de biodiversidade”



Arranca já no próximo dia 7 de dezembro da 15.ª cimeira mundial sobre a biodiversidade, a COP15, em Montreal, no Canadá, e deve estender-se até dia 19. Depois dos resultados ‘agridoces’ que saíram da conferência climática no Egipto, há ainda esperança de que os governos do mundo consigam criar para a natureza um acordo da mesma envergadura e significado que criaram para o clima na cimeira de Paris de 2015.

Em comunicado conjunto, a União Europeia e a Organização dos Estados de África, das Caraíbas e do Pacífico (OACPS) asseguram que vão apoiar “uma ambiciosa, abrangente e transformativa estrutura global pós-2020 para a biodiversidade para travar e reverter a perda de biodiversidade”.

A dupla de organizações intergovernamentais considera que alcançar esse acordo “é crucial”, numa altura em que “o declínio alarmante da biodiversidade está a ameaçar a segurança alimentar, a saúde, as economias e os modos de sustento de milhares de milhões de pessoas”.

Contudo, avisam que para que essa estratégia possa ter sucesso é necessário que se apoie em “metas quantificáveis” e que seja suportada por “uma estrutura robusta de monitorização e revisão”, bem como deverá ser dotada dos “meios adequados para permitir a sua implementação”.

Jutta Urpilainen, comissária europeia com a pasta das Parcerias Internacionais, assinala que a UE, em conjunto com a OACPS, assume o compromisso de proteger a vida selvagem e a diversidade biológica, de forma que tal permita “assegurar os modos de subsistência de comunidades locais e indígenas”. E recorda que Bruxelas duplicou o investimento externo para proteger a biodiversidade em todo o mundo, especialmente nos “países mais vulneráveis”.

Por sua vez, Amery Browne, presidente da OACPS e ministro dos Negócios Estrangeiros de Trinidad e Tobago, um Estado caribenho, sublinha que “um milhão de espécies de animais e de plantas, de um total estimado de oito milhões, estão em risco de extinção”, uma perda que “afeta-nos a todos, e especialmente os mais vulneráveis”. Por isso, garante que os 79 membros da OACPS estão empenhados em “assegurar que os resultados da COP15 contribuam significativamente para este desafio global da biodiversidade”.





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