Como o co-working é o futuro dos escritórios empresariais
Os espaços de co-working, onde vários profissionais freelances dividem o escritório e as respectivas despesas, estão a ganhar cada vez mais popularidade junto das empresas, de acordo com um artigo do agregador Good.
Nos próximos anos, e caso a tendência se confirme, não serão apenas os freelances a ocupar estes espaços informais, mas também as grandes empresas. O Good dá o exemplo da Warecorp, uma empresa de software e serviços web que, em vez de procurar um escritório tradicional no respectivo mercado, preferiu juntar-se a outros profissionais.
“Não havia nenhuma razão para não colocar toda a nossa infra-estrutura num espaço de co-working”, explicou Chris Dykstra, CEO da empresa.
Hoje, os espaços de co-working são ocupados, sobretudo, por profissionais independentes, como forma alternativa a estar a trabalhar a partir de casa ou no café. Mas este cenário poderá estar a mudar. E não apenas para empresas como a Warecorp, que tem apenas 10 empregados.
Hoje, há várias grandes empresas interessadas nestes espaços, quer para reduzir as despesas, aumentar a sustentabilidade e estimular os colaboradores a trabalharem em espaços que, normalmente, estão inundados de energia criativa e empreendedoras.
Por outro lado, há cada vez mais espaços de co-working a estabelecer acordos com espaços noutras cidades, o que permite um local de trabalho em todo o lado. Nos Estados Unidos, por exemplo, foi recentemente criada a League of Extraordinary Coworking Spaces (LEXC), que permite fazer reservas online e quer chamar novas e grandes empresas à sua rede.
O US Bank foi uma das empresas ditas tradicionais que já entraram no mercado do co-working, e outras demonstraram interesse em fazê-lo, de acordo com Kyle Coolbroth, co-fundador do CoCo, centro de co-working de Minneapolis. “Eles compreendem que há uma mudança fundamental na cultura e perceberam que precisam de criar um ambiente colaborativo para as suas equipas de trabalho”, explicou o responsável.
O espaço típico de co-working inclui uma ligação potente à internet, impressoras, uma sala de reuniões e outras comodidades. Numa altura em que quatro das cinco primeiras empresas do ranking Best Places to Work [Melhores empresas para trabalhar, em português], da Fortune, oferecem aos seus colaboradores um programa alternativo de local de trabalho, o co-working pode muito bem ser uma aposta muito apelativa para todas as empresas – e não apenas as mais pequenas.