Como os vestígios de fósseis revelaram que a velocidade máxima de T. Rex era surpreendentemente lenta



O Tyrannosaurus rex viveu há 66 milhões de anos e nenhum humano jamais viu algum vivo. Como sabemos como é que ele – ou qualquer outro dinossauro de comprimento longo – se moveu? Como compreendemos os comportamentos das espécies extintas? Em geral, confiamos na informação proveniente de fósseis, testes que utilizam a modelação por computador, e comparações com animais dos tempos modernos, especialmente aves (os descendentes de dinossauros) e crocodilos (os primos vivos mais próximos dos dinossauros), avança a “Science Focus”.

Segundo a mesma fonte, os fósseis “podem dizer-nos certas coisas sobre o movimento dos dinossauros”. Basta olhar para um esqueleto para percebermos se o dinossauro andou sobre quatro, ou apenas sobre as suas patas traseiras. Os esqueletos “podem também dar-nos uma indicação sobre se um dinossauro era suscetível de ser lento ou carrancudo, com base na robustez dos ossos e na forma como os membros são mantidos”.

Informações ainda mais precisas “provêm de um tipo diferente de fóssil: vestígios de fósseis”. Estes são os registos que os dinossauros deixam para trás, como pegadas e impressões de mãos. O espaçamento entre pegadas sucessivas “pode dizer-nos quão rápido um dinossauro andava ou corria, utilizando uma fórmula matemática básica desenvolvida através do estudo de animais modernos”, explica o site.

Segundo a mesma fonte, a essência é a seguinte: “se estiver a caminhar lentamente numa praia, haverá pequenos espaços entre as suas pegadas na areia, mas se estiver a correr, então as pegadas que deixar para trás estarão muito mais afastadas”.

Mais recentemente, os paleontólogos recorreram à modelação por computador para compreenderem a locomoção dos dinossauros. “É possível utilizar a tomografia assistida por computador (CAT) ou digitalizações a laser para construir um modelo preciso do esqueleto de um dinossauro, adicionar digitalmente a carne, músculo e outros tecidos moles com base em comparações com animais modernos, e depois utilizar software de animação para testar se certas velocidades, posturas corporais e estilos de corrida eram possíveis”. Este tipo de trabalho, por exemplo, revela que o T. rex era “demasiado grande e volumoso para correr mais depressa do que cerca de 10mph (16km/h)”, conclui.

 

 





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