2022 foi ano de expansão para a recolha de óleos alimentares usados em Portugal e na rede da Hardlevel



A principal rede de recolha e valorização de óleos alimentares usados (OAU) em Portugal já chega – estruturalmente – a perto de cinco milhões de residentes. E isto porque foi um ano de crescimento no circuito montado pela Hardlevel – Energias Renováveis, do norte ao sul do País.

O operador, que dispõe do sistema tecnologicamente mais avançado e abrangente em território nacional, “conseguiu em 2022 expandir em mais de 14% os pontos de recolha, que estão espalhados por 40 novos municípios que agora fazem parte da rede de coleta” (com oleões sensorizados e alimentados por painéis fotovoltaicos), face à realidade de 2021, revela Salim Karmali, administrador e cofundador da Hardlevel, juntamente com o seu irmão, Karim Karmali, citado em comunicado.

São agora 140 os concelhos que participam no fluxo de reciclagem de gorduras alimentares domésticas do grupo empresarial (eram 100 no final de 2021). Numa cadeia de processamento ambiental agora com um total de 2.850 contentores de recolha OAU.

Entre as autarquias que entraram para o dispositivo da Hardlevel durante 2022 estão municípios de diferentes dimensões, tais como Alcoutim, Alijó, Armamar, Azambuja, Borba, Chaves, Constância, Entroncamento, Ovar, Porto de Mós, Proença-a-Nova, Sardoal, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.

“Traçámos como meta para 2023 conseguir chegar a um total de 165 concelhos na nossa rede de recolha e 3.300 pontos de descarte instalados, sobretudo com a nova geração de oleões, que são fabricados inteiramente nas nossas instalações, inclusive na sua componente mais tecnológica”, sublinha o coadministrador da Hardlevel.

Os objetivos para este ano representam assim uma projeção de crescimento de 18% nas parcerias e 16% na rede de oleões.

A entrada de novas localidades para a rede de reciclagem de OAU instalada está a ser feita ao mesmo tempo que outros parceiros vão reforçando a sua participação neste esforço coletivo, “com um upgrade em número de contentores, atualização qualitativa dos mesmos (de nova geração) e prolongamento dos anos de contrato”, salienta Salim Karmali, satisfeito por tal “barómetro”.

Exemplo disso mesmo é a renovação do serviço com a Ecobeirão – Sociedade de Tratamento de Resíduos do Planalto Beirão (uma entidade intermunicipal), com alargamento da rede de 262 para 300 oleões, numa subida de 15%. Ou com o município de Alenquer, que alargou a malha de equipamentos de recolha de 27 para 45, ou seja, um crescimento de 67%.

O aparato montado “evita assim, cada vez mais com maior sucesso, que estes desperdícios vão parar ao oceano, danifiquem as redes de saneamento ou onerem ainda mais o processo de filtragem nas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR)”, explica o comunicado.

Um litro de óleo de cozinha, recorde-se, consegue poluir cerca de um milhão de litros de água – tão só o que uma pessoa consome em média em 14 anos de vida… Em Portugal, as estimativas oficiais conhecidas apontam para uma produção de óleos alimentares usados pelo menos a rondar as 65.000 toneladas anuais

“Convenientemente tratadas, as gorduras alimentares usadas alimentam a economia circular que produz, por exemplo, diferentes tipologias de biocombustível. A Hardlevel é um dos protagonistas desse circuito que poupa o ambiente e empresta valor acrescentado aos resíduos humanos”, conclui a mesma fonte.





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