Recolha seletiva de resíduos no Porto aumentou em 2022 cerca de 20%
A Câmara do Porto anunciou que a recolha seletiva de resíduos registou, em 2022, um aumento na ordem das 5.500 toneladas, o que se traduz numa subida próxima dos 20% (18,04%) face a 2021.
Em comunicado, a autarquia refere que no campo dos três fluxos de resíduos – plástico, papel e vidro – o aumento foi de 15,5%, colocando o Porto “numa posição de destaque”.
Já a recolha seletiva de resíduos orgânicos cresceu 59% no ano passado, um acréscimo de 3.200 toneladas face a 2021.
A Câmara do Porto realça o percurso que a cidade tem vindo a fazer no âmbito dos orgânicos, que, atualmente, representam mais de 37% dos resíduos produzidos pelas famílias e, como tal, a sua valorização tem “um forte impacto no desvio de resíduos que seriam, de outra forma, encaminhados para o indiferenciado”.
No que respeita aos utilizadores domésticos, estes resíduos orgânicos “representam uma média superior a 120 toneladas/mês, recolhidas pelas mais de 32 mil famílias envolvidas.
“De referir que, no cômputo geral, só neste setor, aliando o sistema de porta a porta e orgânico de proximidade, foram recolhidas mais de 1.450 toneladas em 2022”, acrescenta.
Segundo a autarquia, até ao final de 2023 prevê-se a cobertura integral da cidade, “reforçando a aposta do município na valorização destes resíduos em composto 100% natural, aplicado no enriquecimento de solos”.
Segundo os dados disponibilizados, já no que diz respeito às embalagens, cada munícipe separa, em média, cerca de 80 quilos/habitante por ano (kg/hab.ano), um valor que, esclarece a autarquia, representa “um crescimento de 10 quilos face a 2021, e acima da meta de 60kg/hab.ano”.
A autarquia diz ainda que o Porto pertence ao núcleo de cidades “Aterro 0”, enviando apenas 0,01% do total de resíduos produzidos para este destino.
“Simultaneamente, importa assinalar que este correto encaminhamento e valorização de resíduos permitiu evitar a emissão de cerca de 15 mil toneladas de CO2 equivalente para a atmosfera, reforçando o compromisso com a meta da neutralidade carbónica da cidade para 2030, em linha com os objetivos do Pacto do Porto para o Clima”, acrescenta.