Associação alerta para importância de proteger floresta original dos Açores
A Associação para a Promoção Ambiental dos Açores (APPAA) defendeu que a proteção da floresta original da região “tem muita importância para evitar a escassez de água” e para “proteção dos efeitos dos temporais” cada vez “mais frequentes”.
A posição da Associação para a Promoção e Proteção Ambiental dos Açores surge num comunicado de imprensa a propósito das comemorações dos dias mundiais da Floresta e da Árvore, da Água e da Meteorologia, em 21, 22 e 23 de março, respetivamente.
“A região tem território escasso, com formação geológica recente e pouco consolidada e tem uma biodiversidade pouco variada, por isso, está mais sensível a qualquer desequilíbrio natural”, alerta a associação, assinalando que o arquipélago está sujeito a períodos “mais prolongados de falta de pluviosidade” e “a fenómenos meteorológicos extremos cada vez mais frequentes”.
Para a APPAA, a melhor forma de mitigar os estragos provocados desde o povoamento das ilhas é proceder “à reposição de plantas nativas, em vertentes mais acidentadas e nas margens das ribeiras e de outras linhas de água naturais.
Segundo a associação, a replantação de plantas nativas, “mais do que algumas obras de construção civil, evitarão as derrocadas e inundações”, muitas vezes “catastróficas” e que causam “grandes prejuízos”.
A falta de reservas de água justifica as medidas tomadas para a sua retenção artificial, mas a Associação para a Promoção e Proteção Ambiental defende que, no caso especial das ilhas Graciosa, Pico e Santa Maria, “o alargamento significativo da área coberta por plantas nativas será um contributo importante para maior retenção da água, da sua infiltração nos solos e para a alimentação das suas reservas subterrâneas”.
A APPAA salienta que as políticas agrícolas, florestais e ambientais, que devem ser “coordenadas entre si”, deverão definir “as áreas de maior importância e urgência para a reposição do coberto vegetal originário da região”.
A associação manifesta apoio às medidas em curso de proteção e replantação de plantas nativas, muitas delas endémicas, nas áreas classificadas onde ainda predomina a floresta nativa, ou de Laurissilva, mas também noutras áreas sensíveis.
A APPAA apela a todos os organismos oficiais da região, às autarquias e instituições sociais para “colaborarem com as secretarias regionais da Agricultura e Florestas e do Ambiente e Alterações Climáticas”, com vista a uma “maior eficácia” na defesa da floresta, no aproveitamento da criação de plantas nativas e no controlo de espécies invasoras.
A associação considera “imprescindível” a informação e educação ambientais e a consciencialização da população para a defesa da vegetação nativa.