Agricultores norte-americanos pedem a Obama para suspender quota do etanol



Caso a administração Obama não acabe com as quotas de transformação de alimentos em etanol, a crise alimentar será “iminente” nos Estados Unidos, de acordo com os agricultores.

Segundo o New England Complex Systems Institute (Necsi), a produção de etanol a partir dos stocks do milho, em conjunto com a grave seca que assolou parte da América produtiva, irá aumentar os preços dos alimentos para cima dos 4%. Esta percentagem já foi validada pelo Governo, mas pode ainda subir.

Na verdade, há vários meses que a Necsi tem avisado que “os programas de conversão de comida em etanol criaram uma bolha nos preços dos alimentos, levando a um inevitável aumento em 2013”.

Esta futurologia será agora antecipada pela seca, que estragou as colheitas de vários Estados.

Leia também como os Estados Unidos estão a comprar milho barato ao Brasil. Ou como o etanol está a aumentar o preço do milho.

A contestação ao etanol está a ser liderada pelos produtores de carne, lacticínios e aves. “As desastrosas e extraordinárias circunstâncias criadas pela seca contínua leva-nos a crer que todas as medidas relevantes de socorro sejam exploradas”, explica a petição.

“Estamos com medo de não termos milho, soja e outras culturas para dar aos nossos animais”, continuou Randy Spronk, presidente da National Pork Producers Association.

Segundo o programa de combustível renovável da EPA, a agência ambiental norte-americana, as petrolíferas têm de diluir a sua gasolina com uma quantidade cada vez maior de biocombustíveis. Este ano, estas devem produzir 50 mil milhões de litros de biocombustíveis, quase todos produzidos a partir do milho.





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