Incêndios: Programa Melhor Floresta iniciou recuperação de 49 hectares em Monchique



O programa Melhor Floresta iniciou a recuperação de 49 hectares de floresta em Alferce, no concelho de Monchique (Algarve), tendo previsto investimentos de 1,3 milhões de euros em 2023 em todo o país.

“Reduzir o risco de incêndio, controlar espécies invasoras, combater pragas e doenças, através de uma gestão florestal sustentável, com as melhores práticas florestais”, são alguns dos objetivos do programa, refere em comunicado a Associação das Bioindústrias de Base Florestal (Biond), que coordena o projeto.

A última área intervencionada do programa Melhor Floresta corresponde, assim, a 49 hectares de floresta, constituídos por parcelas de 16 pequenos proprietários na freguesia de Alferce, em Monchique, um dos concelhos do distrito de Faro mais fustigados por grandes incêndios florestais.

Em 2018, a serra de Monchique foi atingida pelo maior incêndio registado nesse ano em Portugal e na Europa. O fogo deflagrou no dia 03 de agosto na zona da Perna Negra e lavrou durante oito dias, consumindo mais de 27 mil hectares de floresta e terrenos agrícolas e destruindo 74 casas.

Segundo a Biond, o projeto apoiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) “resultará numa floresta mais resiliente aos incêndios rurais (redução do risco de incêndio), às pragas e doenças (controlo fitossanitário), à contenção das espécies invasoras, e às alterações climáticas, criando mais valor para as pessoas, empresas e territórios”.

Alferce é um dos sete campos de demonstração do programa que conta ainda com duas áreas piloto de maior dimensão, uma em Castanheira de Pêra (distrito de Leiria) e outra em Castelo de Paiva (distrito de Aveiro).

O programa Melhor Floresta decorre até 2025 e os resultados obtidos nas áreas piloto e campos de demonstração irão determinar o seu futuro.

“Com as boas práticas florestais aumenta também a produtividade, proporcionando-se um maior rendimento para os proprietários e produtores florestais”, conclui.

O projeto é apoiado por várias entidades privadas e públicas, como a Comunidade Intermunicipal de Coimbra, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), Instituto Politécnico de Coimbra, Instituto Superior de Agronomia e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, entre outros.





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