Ministro diz que cobrança de sacos de plástico visa mudar comportamentos
O ministro do Ambiente e da Ação Climática afirmou ontem que a taxação dos sacos de plástico ultraleves pretende alterar comportamentos e “minimizar ou inutilizar” o uso destes sacos, “reproduzindo uma política que teve sucesso em Portugal”.
O Jornal de Notícias avança na edição de quarta-feira que os sacos de plásticos ultraleves (transparentes) para pão, fruta e legumes, que deveriam ser proibidos a partir de hoje, vão passar a ser pagos em supermercados, frutarias e outros estabelecimentos.
Questionado sobre se se o Governo recuou na medida, Duarte Cordeiro afirmou que não diria recuar, explicando que o objetivo “é alterar comportamentos e minimizar ou inutilizar a utilização destes sacos de plástico”.
“Pareceu-nos que esta taxação poderia ser mais convidativa para a alteração destes comportamentos, sendo que o que nós queremos mesmo é aumentar o granel, a possibilidade de podermos reutilizar sacos, levar para os centros comerciais, para as mercearias outros sacos e isso ser aceite”, disse Duarte Cordeiro à margem da conferência “Autarcas pelo Clima”, que decorreu em Carcavelos, Cascais, na faculdade de economia e gestão da Universidade Nova de Lisboa.
O ministro lembrou que a cobrança dos sacos de plástico nas caixas dos supermercados desde 2015 “praticamente eliminou” a sua utilização e, com esta medida, o Governo pretende reproduzir “uma política que teve sucesso em Portugal”.
Questionado sobre quando a medida entrará em vigor, Duarte Cordeiro disse que está a ser ultimada a legislação e que em breve será apresentada uma proposta de lei.
O pagamento pelos sacos de plástico começou em 2015, incidindo nessa altura nos leves, seguindo as orientações da União Europeia, que pretendia alterar comportamentos e reduzir o plástico descartável.
Em sete anos, a cobrança dos sacos de plástico permitiu ao Estado arrecadar uma receita de 2,1 milhões de euros.