Festival Aldeia de Lobos une a natureza, música e a fotografia em Montalegre



O festival que celebra o lobo e transforma as ruas e as cortes dos animais em galerias de arte regressa à aldeia de Fafião, Montalegre, entre sexta-feira e sábado, unindo a natureza, música, teatro, pintura e fotografia.

Em comunicado, a câmara de Montalegre disse hoje que se trata de “um evento singular” constituído por “múltiplas atividades” e que “une áreas como a natureza, teatro, música, escultura, pintura e fotografia”.

O festival é promovido pela Associação Vezeira, com o apoio do município.

Localizada em pleno PNPG, na área do distrito de Vila Real, a aldeia de Fafião, freguesia de Cabril, faz questão de preservar as tradições comunitárias e de celebrar o lobo-ibérico.

Na sexta-feira, o toque das ancestrais buzinas, cornos usados para chamar o gado, dá o pontapé de saída do festival que se espalha pelas ruas da aldeia e ocupa as cortes onde os animais pernoitam, que se transformam em galerias que vão acolher exposições e instalações artísticas que incluem fotografias sobre o PNPG.

Segundo a organização, durante o festival há exposições de escultura, pintura, fotografia e murais de arte urbana e a música tem também um lugar de destaque neste festival, com grupos locais, concertos e atuações de DJ.

Mas ruas da aldeia pode ser vista a exposição de fotografia retroiluminada da autoria de Carlos Pontes sobre o lobo-ibérico.

O fogo do lobo, antiga armadilha para os lobos, transforma-se em palco para espetáculos de música e de teatro cómico protagonizado pela companhia Filandorra, sediada em Vila Real.

Em Fafião, vão cruzar-se diferentes sonoridades, desde a música tradicional, medieval, psicadélica ou eletrónica, como os Gaiteiros de Pitões, Fanfarra da Cebolada, Curcumbia, Evols, Sérgio Mirra, Ritmos Cholulteka, Valquírias, DJ Mahkno, IB-13, DJ Pedro Tabuada, Charanga Alambiques, That German Guy, Copa Funda e Du-Das.

As instalações artísticas estão a cargo de B.E.K. (pintura), Humberto Borralheiro (‘Street Art’ e pintura), Mário Cunha (fotografia), Luís Borges (fotografia) e Luciano Duarte (Pintura) e, no Ecomuseu de Barroso, está patente uma exposição de fotografia de Júlio Marques sobre o PNPG.

O festival inclui ainda um espaço júnior onde as crianças podem aprender jogos tradicionais, ouvir histórias e contos locais.

Há também um ‘workshop’ sobre técnicas de apicultura, uma aventura por um trilho ancestral, um mercado com produtos produzidos nos campos da aldeia e uma tertúlia onde estarão em destaque os vezeireiros da aldeia.

Em Fafião, ainda se mantém ativa a tradição da vezeira das vacas, que começam a subir a serra em maio, onde permanecem até final de setembro, outubro, a cada dia acompanhadas por um criador. Os animais não são deixados sozinhos também para os proteger dos lobos.





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