Produção de eletricidade renovável cai em junho, pela primeira vez desde o início do ano

Em junho, foram gerados 1.840 GWh de eletricidade a partir de fontes renováveis em Portugal, o valor mais baixo desde o início do ano. Com as renováveis a representarem 57,2% da produção elétrica nesse mês, a energia fóssil volta a ganhar terreno.

De acordo com o mais recente ‘Boletim Eletricidade Renovável’ da APREN, as energias eólica (21%) e hídrica (18%) foram as principais fontes renováveis de produção de eletricidade em Portugal durante o mês passado, seguidas pela energia solar (11%).

Os combustíveis fósseis, incluindo o gás natural e o gasóleo, contribuíram quase 34% para a geração total de eletricidade no país, depois de em janeiro terem ficado nos 11,4%.

Ainda assim, face a junho de 2022, regista-se um aumento de 3,1% da incorporação das renováveis na produção de eletricidade em Portugal, resultando num recuo de 11,9% da energia fóssil.

No acumulado de janeiro a junho, as renováveis geraram 70,9% de toda a eletricidade produzida em Portugal, uma subida face aos 57% registados no mesmo período de 2022.

A análise mostra ainda que no primeiro semestre do ano o setor electroprodutor gerou um total de 1,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono, embora a incorporação das renováveis tenha permitido evitar a emissão de umas adicionais 4,8 milhões de toneladas. Focando apenas no passado mês de junho, as renováveis permitiram evitar a emissão de 700 mil toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera.

No quadro europeu, entre janeiro de junho, Portugal foi o quarto país da região com maior incorporação de renováveis na geração de eletricidade, ficando apenas atrás da Noruega (99,1%), da Áustria (85,5%) e da Dinamarca (82,4%).