Figueira da Foz avança com construção da Quinta Ciência Viva do Sal
O município da Figueira da Foz vai avançar com o projeto da Quinta Ciência Viva do Sal, que vai resultar da transformação do espaço do Núcleo Museológico do Sal, já existente desde 2007.
Fonte do município disse à agência Lusa que o projeto tem como objetivo “ser um espaço inovador, com capacidade para estimular o desenvolvimento económico e social, tendo como foco a valorização do produto sal e a preservação do património natural e cultural que lhe está associado”.
“O projeto Quinta Ciência Viva do Sal – Cooperação, salvaguarda e inovação – incide na conservação, reabilitação e revitalização do património cultural costeiro associado ao complexo da Salina do Corredor da Cobra, localizada numa área de transição entre terra e mar”, explicou.
O contrato da empreitada, adjudicada pelo valor de 547,801 mil euros (acrescido de IVA), foi publicado na terça-feira, no Portal Base.
A intervenção vai ter início ainda este mês e tem um prazo de execução de 270 dias.
A candidatura da Quinta Ciência Viva do Sal foi aprovada durante o primeiro semestre de 2021 pelo programa europeu EEA Grants, como projeto de Desenvolvimento Local e Revitalização de Património Cultural Costeiro.
O EEA Grants é um mecanismo financeiro plurianual, através do qual a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega apoiam financeiramente os estados-membros da União Europeia com maiores desvios da média europeia do PIB per capita, como é o caso de Portugal.
A produção artesanal de sal na Figueira da Foz, que remonta ao século XII e cuja recolha é inteiramente feita à mão, segundo técnicas ancestrais, foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, anunciou a tutela no dia 18 de julho.
Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) destacou a inscrição dos “Conhecimentos tradicionais da produção artesanal do sal marinho da Figueira da Foz” naquele inventário nacional, lembrando que a atividade no município litoral do distrito de Coimbra perdura até hoje, “tendo conhecido diferentes ciclos ao longo da história”.