Seguradoras nos EUA pagaram 34 MMUSD por estragos de tempestades no 1.º semestre



Uma série de tempestades fortes nos EUA no primeiro semestre causaram estragos seguros de 34 mil milhões de dólares, uma quantidade inédita de prejuízos financeiros em tão pouco tempo, divulgou hoje a resseguradora Swiss Re.

As alterações climáticas estão a contribuir para o aumento da frequência e da severidade de eventos meteorológicos extremos.

Os prejuízos causados por estas tempestades – que associam granizo, relâmpagos, fortes chuva e vento – representaram cerca de 70% dos 50 mil milhões de dólares dos causados em termos gerais por tais eventos até agora.

Estes números globais incluem os danos ocorridos durante os sismos na Turquia e Síria.

As tempestades nos EUA foram tão severas que 10 delas causaram mais de mil milhões de dólares de prejuízos cada uma, quase o dobro do valor médio relativo à última década, ainda segundo a Swiss Re, com o Texas a ser o Estado mais afetado.

“Os efeitos das alterações climáticas já podem ser observados em eventos como ondas de calor, secas, inundações e chuvas extremas”, disse o economista-chefe do grupo, Jérôme Jean Haegeli, em comunicado.

“Além do impacto das alterações climáticas, a ocupação urbana em áreas costeiras e ribeirinhas, bem como a disseminação urbana na natureza, gera uma combinação, difícil de reverter, de exposição de ativos com valor elevado em ambientes de elevado risco”, salientou.

Por outro lado, o início do segundo semestre do ano registou uma diversidade de eventos extremos, incluindo ondas de calor nos EUA, no noroeste da China e na Europa do Sul, bem como incêndios florestais nas ilhas gregas, Itália e Argélia.

A frequência crescente dos eventos meteorológicos extremos criou disrupções dentro da indústria seguradora e, nos EUA, algumas empresas de seguros saíram mesmo de Estados onde a situação está mais difícil, como Florida e Califórnia.

E esta retração acontece apesar de anos em que os prémios pagos pelos proprietários em Estados fortemente afetados conheceram aumentos muito acentuados.

As seguradoras State Farm e Allstate abandonaram o mercado californiano de imobiliário residencial, a Travelers anunciou que a cobertura das perdas causadas pelas catástrofes levaram-na a perder dinheiro e a AAA, à semelhança de outras, deixou de renovar apólices de carros e casas de habitação na Florida.





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