Cascais recolheu mais de 7 toneladas de cápsulas de café em apenas um ano



Os fabricantes de café Delta, JMV, Massimo Zanetti, Nestlé, NewCoffee e UCC, aceitaram o desafio da Cascais Ambiente e “tornaram possível a recolha seletiva de cápsulas através de ecocentros fixos e móveis, permitindo ao consumidor ter um papel ativo na reciclagem e na economia circular”, revelou a Cascais Ambiente em comunicado.

Segundo a mesma fonte, Cascais foi o primeiro concelho do país a ter a recolha seletiva de Cápsulas de Café em contentores na via pública dando assim início à implementação do primeiro sistema universal e abrangente a todos os tipos e marcas de café, com a colocação do 1º ponto de recolha em Cascais, a 25 de novembro de 2022.

Ao longo de um ano, Cascais recolheu já mais de 7 toneladas de Cápsulas de Café na sua rede de ecocentros. O equipamento móvel teve ótimos resultados e, no início de 2022, foi criada a rede com 8 equipamentos móveis e fixos para cobrir todo o Concelho.

De 25 de novembro de 2022 a 25 de novembro de 2023 foram enviados para reciclagem 7220 quilos de cápsulas de café, sendo as Cápsulas de café, desde janeiro de 2023 o fluxo com mais peso na Rede de Ecocentros de Cascais, representando ¼ de todo o peso recolhido.

Estas cápsulas recolhidas são posteriormente reencaminhadas para tratamento dando origem a novos produtos: – a borra de café será transformada em composto orgânico e o plástico e o alumínio em novos produtos do quotidiano, para já de uso não alimentar.

O comunicado sublinha que as entidades envolvidas, AICC e seus produtores e a Cascais Ambiente, têm na sua génese serem pioneiros:

  • as empresas de produtoras de cápsulas entenderam voluntariamente criar um sistema próprio de recolha e tratamento das cápsulas de café usadas, uma vez que não existe ainda legislação nem existiam ainda meios públicos que permitissem a reciclagem deste resíduo;
  • Cascais testou o primeiro ecocentro de rua pela primeira vez em Portugal, em 2021.

“Em 2022, já estávamos a pensar nas cápsulas de café porque eram percebidas pelos munícipes como de elevado potencial de reciclagem. Encontrávamos muitas no ecoponto amarelo. O encontro com a AICC deu-se na melhor altura, em que estávamos todos – Cascais Ambiente e marcas de café – a desenhar a melhor forma de retomar estes materiais com valor: plástico, alumínio e borra de café. Da junção das vontades, nasceu este projeto de economia circular que tem uma enorme participação dos cascalenses”, sublinhou Luís Almeida Capão, Presidente do Concelho de Administração da Cascais Ambiente.

“Conscientes da sua responsabilidade social e ambiental, as empresas produtoras de cápsulas de café iniciaram, através da Associação Industrial e Comercial de Café (AICC), vários estudos de forma a avaliar o melhor sistema para a reciclagem de cápsulas de café usadas. Assim, as empresas de produtoras de cápsulas Delta, JMV, Massimo Zanetti, Nestlé, NewCoffee e UCC entenderam criar um sistema próprio com o objetivo de dar aos seus consumidores uma solução ambientalmente sustentável e contribuir para uma economia circular através da correta valorização dos componentes das cápsulas usadas. Com a colaboração da Cascais Ambiente, demos início à implementação do primeiro sistema universal e abrangente a todos os tipos e marcas de café. Face ao sucesso deste projeto, o mesmo vem sendo replicado em vários outros Concelhos do país estando já presente em Guimarães, Lisboa e Cantanhede e prevendo-se a sua extensão em breve a outros concelhos”, afirmou Cláudia Pimentel, Secretária-Geral da AICC.





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