Ucrânia: UE sanciona empresa responsável por produzir 90% dos diamantes russos
A União Europeia (UE) acrescentou hoje a PJSC Alrosa, empresa russa responsável pela exploração de diamantes, e o presidente executivo Pavel Alekseevich Marinychev à lista de pessoas e organizações sancionadas na sequência da invasão à Ucrânia.
Em comunicado, o Conselho da UE anunciou que a PJSC Alros – a “maior empresa de mineração de diamantes do mundo, pertencente ao Estado Russo e responsável por 90% de toda a produção de diamentates russos” – e Pavel Alekseevich Marinychev à lista de sanções dos 27 por ações que “ameaçam a integridade territorial, soberania e independência” da Ucrânia.
A PJSC Alrosa é “uma parte importante do tecido económico” russo e providencia “uma receita substancial” ao Kremlin, que a UE acredita que está a ser canalizado para financiar as operações militares no território ucraniano.
A adição desta empresa e do CEO à lista de sancionados pela UE surge depois de os 27 chegarem a acordo sobre a proibição de importação de diamantes russos, incluída no 12.º pacote de sanções aprovado desde 24 de fevereiro de 2022, e para mitigar as chances de Moscovo contornar as medidas restritivas impostas por Bruxelas.
O G7 (Alemanha, Estados Unidos da América, França, Itália, Reino Unido, Japão e Canadá) também concordou no início de dezembro de 2023 em proibir as trocas comerciais com a Rússia neste setor.
“[A decisão da UE] faz parte de um esforço coordenado com o G7 para privar a Rússia de importantes fontes de receita”, escreveu o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, na rede social X.
Os diamantes minerados e produzidos para comercialização pela PJSC Alrosa eram utilizados para construir as peças, por exemplo, da Tiffany, assim como da Signet Jewelers e da Brilliant Earth.
Em março de 2022, a Tiffany suspendeu a compra dos diamantes russos, praticamente um mês depois de as tropas russas atravessarem a fronteira para o início da invasão em larga escala, que prossegue quase dois anos depois.
Com a decisão de hoje, a UE totaliza 1.950 pessoas e organizações sancionadas por alegadamente patrocinarem a guerra na Ucrânia.
As sanções incluem não só a proibição de trocas comerciais pelos Estados-membros e quaisquer entidades que estejam nos 27, como também o congelamento de ativos e proibição de viajar para o território da UE.