Governo dos EUA instala painéis solares no Pentágono em plano de sustentabilidade



O Departamento de Defesa dos EUA vai instalar painéis solares no Pentágono, num plano da Administração Biden para promover a energia limpa e “restabelecer o governo federal como líder em sustentabilidade”, foi ontem anunciado em Washington.

O Pentágono é um dos 31 locais do governo federal que vão receber 104 milhões de dólares (cerca de 95,8 milhões de euros ao câmbio atual) em subsídios do Departamento de Energia.

O projeto anunciado pela secretária da Energia, Jennifer Granholm, e pela presidente do Conselho de Qualidade Ambiental da Casa Branca (CEQ), Brenda Mallory, deverá duplicar a quantidade de eletricidade livre em carbono em instalações federais e criar 27 megawatts de capacidade de energia limpa, alavancando, ao mesmo tempo, 361 milhões de dólares (cerca de 332,4 milhões de euros ao câmbio atual) em investimento privado.

Os painéis solares estão entre as várias melhorias previstas para o Pentágono, que também instalará um sistema de bomba de calor e painéis solares térmicos para reduzir a dependência de sistemas de combustão de gás natural e óleo combustível.

De acordo com o secretário adjunto de defesa dos EUA para a Energia, os projetos vão melhorar a resiliência e a confiabilidade energética no Pentágono e em outras instalações militares no país e na Alemanha.

“Os painéis solares vão fornecer uma fonte de energia ininterrupta no Pentágono no caso de um ataque cibernético ou outra interrupção na rede, bem como reduzirão a pressão sobre a carga de energia do edifício”, disse Brendan Owens.

O programa de investimento também inclui atualizações energéticas em bases navais na Geórgia e no estado de Washington, bem como na Atividade de Apoio Naval Centro-Sul no Tennessee.

Além do Pentágono, o projeto também abrange a instalação de janelas termicamente eficientes na sede do Departamento de Energia em Washington e melhorias de eficiência nos departamentos de Comércio e Transportes.

Outras agências selecionadas para projetos envolvem os departamentos de Assuntos de Veteranos e Interior, bem como a Administração de Serviços Gerais, o Gabinete de Gestão de Pessoal e a Administração da Segurança Social.

O programa também tornará o Observatório Mauna Loa, no Havai, uma instalação com zero emissões líquidas.

Serão ainda instalados painéis solares na Guarnição do Exército dos EUA em Wiesbaden, na Alemanha, e na Torre de Controlo de Tráfego Aéreo de Maui, em Kahului, no Havai.

O financiamento hoje anunciado é o primeiro de três investimentos esperados do programa Assisting Federal Facilities with Energy Conservation Technologies (AFFECT) incluído na lei de infraestrutura de 2021.

Um total 250 milhões de dólares (cerca de 230 milhões de euros ao câmbio atual) foi concedido ao programa, que foi criado em 1992 para ajudar as agências a reduzir o consumo de energia.

Os projetos estão alinhados com a ordem executiva de Joe Biden de 2021, que exigia uma redução de 65% nas emissões de gases de efeito estufa das operações federais até 2030 e um portfólio de construção líquido zero até 2045.





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