Câmara de Sátão instala ecopontos verdes para estimular reciclagem no concelho



O presidente da Câmara Municipal de Sátão disse ontem à agência Lusa que os três ecopontos verdes disponíveis são o que espera ser o início de um concelho mais ecológico e a redução de custos com resíduos.

“São três, para já, porque o desejo é colocar, pelo menos, um em cada freguesia e, em algumas até, no mínimo, dois, mas primeiro vamos ver o comportamento das pessoas e o uso que lhes vão dar”, especificou Alexandre Vaz.

O presidente da Câmara de Sátão, no distrito de Viseu, adiantou à agência Lusa que, para já, estão a ser instalados três ecopontos verdes no concelho, em Ladário, (freguesia de São Miguel Vila de Boa), Quinta do Porto (Mioma, Sátão) e Quinta de Santo António (Ferreira de Aves).

“O nosso concelho é muito rural e as pessoas acabam por deitar os seus verdes, como a relva, os pequenos troncos, a poda das árvores, os resíduos da limpeza dos jardins no contentor normal e isso tem custos para a autarquia”, notou.

Além disso, “não é o local indicado para este tipo de resíduos e com a colocação destes ecopontos, em locais estratégicos, o objetivo é as pessoas começarem a habituar-se a deitar no sítio certo essa biomassa”.

Através de um triturador, “que o município de Sátão já adquiriu”, esses biorresíduos serão “triturados e reutilizados e acaba-se com o seu depósito nos contentores de resíduos sólidos, que tem custos elevados para a Câmara”.

“No fundo estamos todos a contribuir para um concelho mais verde, mais ecológico, porque é um trabalho que carece da contribuição de todos e a fatura será cada vez menor”, assegurou.

Os três ecopontos, assim como o triturador, fazem parte de uma candidatura conjunta da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, mas para o Município de Sátão “o investimento é bem pequeno, não chegou aos 40 mil euros”, sustentou o autarca.

Alexandre Vaz reconheceu ainda que, no verão, altura em que as queimas são proibidas, as pessoas acabem por “ter nos ecopontos uma alternativa para essas sobras que queimam” nos terrenos.

Para estimular o uso dos ecopontos verdes, adiantou o presidente, “vão ser colocados painéis no concelho e serão distribuídos milhares de panfletos nas caixas de correio, não só a informar desta solução como a incentivar o seu uso”.

“Toda a população pode contribuir com a sua biomassa, sem qualquer encargo associado, também com o objetivo de combater o seu abandono na floresta que se quer limpa”, sublinhou.

Numa nota de imprensa enviada à agência Lusa, a Câmara de Sátão indica que “resíduos verdes são todos os resultantes da limpeza e manutenção de jardins: aparas, folhas, ramos resultantes da poda, relva e ervas”.

“Não se deve colocar nos ecopontos verdes: todo o tipo de material não vegetal: monstros – colchões, armários, eletrodomésticos; plásticos; metal; arame; madeiras tratadas ou pintadas; raízes; troncos ou ramos grossos; restos que tenham outros resíduos misturados, como vasos, terras, pedras; resíduos alimentares”, apela.





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