Feira investe 1,75 ME na recolha e valorização de resíduos verdes e alimentares
Santa Maria da Feira passará a ter em abril recolha porta a porta de biorresíduos, investindo mais de 1,75 milhões de euros na distribuição de 20.800 contentores adequados a moradias e estabelecimentos comerciais ligados à restauração.
Segundo revelou hoje a autarquia do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto, a recolha seletiva de resíduos alimentares e de jardinagem vai começar por ocorrer numa secção do concelho abrangendo as freguesias da Feira, Travanca, Sanfins, Espargo, São Miguel de Souto, Mosteirô, São João de Ver e Fornos, o que, nesta primeira fase, representará cerca de 17% do território e mais de 23.600 habitantes.
Fonte oficial da Câmara Municipal diz que o novo sistema vai permitir a seleção de cerca de “3.500 toneladas anuais” de lixo com potencial de transformação em composto ou energia.
Prevendo que 31,9% dos biorresíduos a recolher sejam de origem alimentar e 15,7% de base vegetal, a câmara tem três tipos de contentores disponíveis para as moradias individuais e estabelecimento comerciais cujos proprietários o solicitem através de formulário próprio no ‘site’ da autarquia ou do telefone 910586322.
Para resíduos orgânicos haverá 7.300 contentores exteriores, de 40 litros cada, e igual número de baldes complementares para uso na cozinha, com uma capacidade mais ágil de cinco litros. A recolha dos materiais encaminhados para esses recipientes – entre os quais sobras de comida cozinhada, alimentos perecidos, saquetas de chá e borras de café – será feita duas vezes por semana.
Já no que se refere ao lixo verde, poderão ser distribuídos pelas casas e espaços comerciais que o desejem até 6.000 contentores flexíveis, cada um com capacidade para 200 litros, o que se ajusta tanto a cortes de flores e plantas de vaso como a folhagem e ramagem resultante de podas de maior dimensão. Esse lixo – que pode incluir aparas de madeira não tratada, mas não permite terra nem contaminantes – será recolhido uma vez a cada sete dias.
Quanto aos biorresíduos criados em restaurantes, padarias, cafés, cantinas e similares, para esses estabelecimentos estão reservados 200 contentores de 80 litros cada, que serão esvaziados de segunda-feira a sábado.
O transporte e transformação dos resíduos estará a cargo da empresa Suldouro, que os encaminhará para a sua central de valorização orgânica. Do investimento global de 1,75 milhões de euros, o trabalho dessa entidade absorverá quase 811.000 euros.
Os restantes 945.000 euros aplicados no novo serviço ambiental – 500.000 dos quais comparticipados – estão afetos à aquisição de contentores e viaturas, à campanha de sensibilização, ao ‘software’ de gestão e ao sistema informático para leitura dos recipientes.
“Para uma segunda fase do projeto, a Câmara está a tomar as medidas necessárias para efetuar o alargamento deste serviço às restantes freguesias do concelho, conforme o previsto na política ambiental do município e no plano de ação do PAPERSU 2030 – o Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos 2030”, conclui a fonte da autarquia.