Receita da taxa turística vai reforçar limpeza urbana no Funchal



A receita da taxa turística do Funchal, que começará a ser cobrada em outubro, vai ser aplicada no reforço de meios para a limpeza urbana do concelho, que em 2023 recebeu 2,3 milhões de visitantes, revelou o município madeirense.

A taxa turística, que será aprovada em reunião do executivo do Funchal, para ser implementada pelo município a partir de 01 de outubro, vai permitir que os visitantes “paguem um valor simbólico por dormida, de dois euros por noite”, sendo que a receita “será aplicada “na limpeza urbana, que cada vez mais tem que ser reforçada em meios humanos e técnicos”, afirmou a presidente da autarquia, Cristina Pedra (independente eleita nas listas do PSD).

O anúncio foi feito durante a apresentação do Programa de Limpeza Urbana de 2024 da Câmara Municipal do Funchal, numa intervenção em que a autarca defendeu que “não seria justo” onerar os munícipes do concelho com os custos inerentes ao necessário reforço de meios e recursos humanos para o setor da limpeza, numa altura em que se regista um aumento da procura turística.

“O Funchal está com muita afluência de visitantes que moram na região autónoma”, mas também de turistas, afirmou Cristina Pedra, lembrando que os resultados de 2019, “o melhor ano pré-pandemia com 1,6 milhões de hóspedes” na Madeira, foi superado este ano com 2,3 milhões de turistas.

“Esta grande avalanche de turismo, que é muito importante para a economia e para a própria sociedade, tem que ser também associada a um enorme reforço nos meios da autarquia e, concretamente, na limpeza urbana”, sublinhou a autarca.

Por isso, a autarquia desde 2021 investiu cerca de sete milhões de euros em equipamentos (frota) e na contratação de funcionários (cantoneiros/jardineiros/motoristas, entre outros), disse a vereadora com o pelouro do Ambiente, Nádia Coelho.

Ainda segundo a vereadora, o Programa de Limpeza Urbana para 2024 hoje apresentado é focado “no reforço da frota”, num investimento que rondará os 390 mil euros.

O plano prevê, por exemplo, a substituição de roçadeiras por equipamentos equivalentes elétricos, “com amplas vantagens para o meio ambiente”, bem como a realização de um trabalho de inventariação das necessidades de limpeza de bermas, através de um levantamento de “arruamentos que são passíveis de se aplicar calda de cimento e de impedir este crescimento [de plantas infestantes]”, explicou a vereadora.

O município tem atualmente 131 trabalhadores, 29 viaturas e 36 equipamentos afetos à limpeza urbana.





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