Horticultura pode ajudar a melhorar a saúde dos sobreviventes de cancro
Num estudo publicado na JAMA Network Open, investigadores da Universidade do Alabama em Birmingham – em colaboração com investigadores da Universidade de Auburn – descobriram que a horticultura melhorou os resultados de saúde entre os sobreviventes de cancro.
Harvest for Health foi um ensaio clínico realizado em 381 sobreviventes de cancro no Alabama, com idades compreendidas entre os 50 e os 95 anos, e que apresentavam um maior risco de doenças crónicas porque consumiam menos de cinco porções de legumes e fruta e realizavam menos de 150 minutos de atividade física diária.
A equipa descobriu que os sobreviventes de cancro com mais de 50 anos que mantiveram uma horta aumentaram significativamente o consumo de vegetais e de fruta e registaram melhorias significativas na saúde e na atividade física, em comparação com os sobreviventes em lista de espera que não participaram na horta.
“Os resultados do estudo mostraram que os sobreviventes aumentaram a ingestão de vegetais em cerca de um terço de uma porção por dia”, disse a investigadora principal, Wendy Demark-Wahnefried, Ph.D., professora e Webb Endowed Chair of Nutrition Sciences na School of Health Professions, citada em comunicado. “Também tiveram aumentos significativos na mobilidade e função, perceção de saúde e melhorias na microflora intestinal, quando comparados com o grupo de intervenção tardia”, acrescentou.
Segundo a investigadora, “as intervenções que podem ajudá-los a fazer escolhas alimentares mais saudáveis, como comer mais vegetais, e proporcionar mais oportunidades para aumentar a atividade física são cruciais”.
“Tenho esperança que outros estudos em diferentes ambientes e diferentes populações de sobreviventes de cancro avaliem os benefícios das intervenções de jardinagem. Entretanto, os sobreviventes de cancro devem explorar formas de cultivar a sua saúde – e uma horta é um bom ponto de partida”, concluiu.