Hitachi inventa disco que armazena dados para sempre
A informação – e a partilha de informação – é um dos grandes aliados da sustentabilidade e desenvolvimento sustentável. Por isso é com agrado que lemos notícias como esta: a japonesa Hitachi acabou de anunciar a criação de um pequeno pedaço de vidro que pode armazenar dados para sempre.
Segundo a empresa, a tecnologia imprime uma série binária de pontos sobre um pedaço de vidro de quartzo, que pode ser facilmente lido com um microscópio comum. “Parece simples e é esse o objectivo”, explica o Inhabitat.
A Hitachi afirma que os dados colocados no vidro poderão ser acedidos qualquer que seja a tecnologia futura da idade digital. O vidro é também imune ao fogo, químicos ou água. A tudo, excepto talvez à destruição manual – através de um martelo, por exemplo.
A solução de imprimir um código binário num vidro de quartzo não é muito diferente da tecnologia de um disco de vinil. E apesar de a tecnologia para ler os dados ainda não estar a ser comercializada, a simplicidade do formato torna a criação de um sistema de recuperação muito simples.
Para pôr um disco a produzir som basta adicionar uma agulha num gira-discos. E para ler este código é preciso um microscópio óptico que leia a informação. Só.
O chip utiliza um típico vidro de quartzo e tem dois milímetros de espessura e dois centímetros quadrados. São prensadas quatro camadas de pontos, o que resulta numa densidade de dados de 40 megabytes por centímetro quadrados. O vidro é estável até 1000ºC e resistente a água e químicos.
Agora só falta à Hitachi aumentar a quantidade de dados que podem ser armazenados no vidro.